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A Microsoft revelou seus resultados financeiros do último trimestre e podemos ver que o Windows, o Xbox 360 e os Lumias não foram muito bem no período, enquanto a linha Surface, o Office e o Azure cresceram a taxas incríveis.

Com relação ao Windows, eles registraram uma queda de 6% em sua receita. Especialista atribuem isso a queda na vendas de PCs em todo o mundo. Isso não quer dizer que eles estão tendo um grande prejuízo com o software, mas sim, que eles tem vendido menos licenças dele, e como o update para o Windows 10 continuará gratuito até o início de agosto deste ano, essa receita deve continuar em queda, retomando o crescimento após esse período. Isso já fazia parte dos planos para o Windows 10.

windows 10 devices full

Já com relação aos Lumias a situação chegou num status alarmante. Com relação ao ano passado houve uma queda de mais de 50% no volume de vendas e na receita. A título de comparação, foram vendidos cerca de 10,5 milhões de Lumias no mesmo período do ano passado contra cerca de 4,5 milhões este ano.

A chegada dos Lumias 550, 950 e 950 XL ao mercado não foi o suficiente para “salvar” essa divisão da companhia nesse relatório, até porque eles chegaram tarde demais em muitos mercados e sequer chegaram em outros, como no nosso. Além disso, os problemas detectados no software (problemas esses que já foram sanados) logo no lançamento dos dispositivos e o baixo investimento em marketing fizeram com que as pessoas nem soubessem quem são esses Lumias. O trabalho de marketing com os Lumias 640 e 640 XL até hoje é muito superior aos dos novatos.

Falando agora de lucro, a divisão Surface virou um dos xodós da empresa. Ela registrou uma crescimento em sua receita de mais de 29%, e isso é incrível. O lançamento dos novos Surface Pro 4 e do Surface Book deram uma boa alavancada nesses números. De fato, estamos vendo como os dispositivos da linha Surface são um sucesso. Como seria interessante se a MS os trouxessem para o Brasil…

Surface Book e Surace Pro 4

Quem também anda dando um bom lucro é o Office. A sacada do Office 365 foi uma das mais belas jogadas da empresa nos últimos anos. A pessoa compra um assinatura por um preço bem reduzido para usar a suite por um 1 ano e assim tem acesso a novas versões dos APPs e também a alguns benefícios no OneDrive. É uma estratégia muito melhor do que cobrar o olho da cara por uma assinatura vitalícia, mas que cedo ou tarde ficará obsoleta, já que as versões dos softwares vão ficando para trás lentamente. Os números não mentem, a receita com o Office cresceu incríveis 70%, com nada mais nada menos do que 20,6 milhões de assinantes em todo o mundo.

Sobre os demais produtos e serviços, eles revelam que foi registrada uma queda na receita e no volume de vendas do console Xbox 360, porém, isso já era esperado, tendo em vista que essa versão do console está em fase de descontinuação, dando lugar ao novo Xbox One. Sobre esse último não foi revelado um número total de unidades vendidas.

Demais serviços em Nuvem da empresa viram um crescimento de 10%, mas nesse caso quem mais chamou atenção foi o Azure, que teve um estrondoso crescimento de 140%.

Esses resultados só confirmam o porquê da ênfase que a empresa dá a esse ou aquele produto ou serviço. Obviamente os Lumias parecem serem os cravos do jardim, então, a atenção da empresa parece ser voltar muito mais para seus serviços em Nuvem, para a linha Surface, para o Office e, é claro, para dar continuidade a evolução do Windows 10 for Desktops. Não há como negar que o Windows 10 Mobile fica em último plano por conta desses números.

Mas, isso não quer dizer que a empresa desistirá do Windows 10 Mobile ou de sua divisão mobile. Satya Nadella e Gabriel Aul já comentaram que o Mobile é muito importante para a empresa, então, acreditamos que eles estão apenas “tomando fôlego” para trazer algo de qualidade de verdade para o mercado. Além disso, como foi já dito antes, a ideia agora não é tornar o Windows 10 Mobile um grande concorrente do Android e do iOS, mas sim, uma parte integrante do ecossistema em torno do Windows 10. A ideia é atrair as pessoas para o ecossistema e não para os celulares da Microsoft. É um plano ousado, mas que deve vingar.

Fontes: Olhar Digital