A TikTok diz que “baniu agressivamente” várias contas e dispositivos em Mianmar, em uma tentativa de conter a desinformação e a disseminação de vídeos violentos em sua plataforma.
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O Rest of World informou que soldados do governo em Mianmar postaram centenas de vídeos no TikTok desde que seus militares tomaram o poder em fevereiro. Os vídeos variam de propaganda tradicional pró-governo, a desinformação destinada a confundir os manifestantes, a ameaças de soldados com armas.
A TikTok removeu alguns dos vídeos no início deste mês, após relatos da mídia sobre o aumento do discurso de ódio e das ameaças no país do sudeste asiático. Mas o Rest of World relata que a plataforma de vídeo de formato curto admitiu que não se moveu com rapidez suficiente para impedir a disseminação de vídeos ameaçadores e outros conteúdos violentos.
Enquanto os manifestantes continuam a protestar contra o golpe de 1º de fevereiro, mais de 200 pessoas foram mortas em Mianmar, informou a Reuters.
“A promoção do ódio, violência e desinformação não tem absolutamente nenhum lugar no TikTok”, disse um porta-voz da empresa em um comunicado enviado por e-mail ao The Verge. “Quando identificamos a situação em rápida escalada em Mianmar, rapidamente expandimos nossos recursos dedicados e intensificamos ainda mais os esforços para remover conteúdo violento. Banimos agressivamente várias contas e dispositivos que identificamos promovendo conteúdo perigoso em grande escala.”
O porta-voz acrescentou que a TikTok “continuará a fazer investimentos significativos para responder a novas ameaças, a fim de manter a TikTok em Mianmar uma plataforma segura”.
Ativistas e defensores dos direitos disseram ao Rest of World que o uso do TikTok para espalhar propaganda do governo em Mianmar tem semelhanças com a forma como os militares do país usaram o Facebook para fomentar violência e discurso de ódio contra a minoria Rohingya do país no início de 2010
Em fevereiro, o Facebook disse que estava banindo o Tatmadaw – o exército de Mianmar – e outras entidades controladas pelo estado do Facebook e do Instagram.
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