Tom Hanks é um dos grandes atores de Hollywood. Dessa forma, ele já participou de mais de 50 filmes. É claro que nem todos esses filmes são bons, mas alguns deles são quase impecáveis. Pensando nisso, hoje, separamos os melhores filmes com Tom Hanks.
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Hanks é frequentemente acusado de interpretar um personagem: o homem comum americano de bom coração, nobre e humilde. Há alguma verdade nisso, é claro. Hanks não funcionaria como assassino em série, não importa o quanto tentasse. Mas não é justo pintar Hanks como o mesmo personagem continuamente, e certamente não seria justo dizer que ele não se desafia ou se arrisca. Hanks foi de um cara festeiro em Bachelor Party para a romântica liderança de Sintonia de Amor. Depois se transformou no herói de guerra de O Resgate do Soldado Ryan. Isso sem mencionar nos seis diferentes personagens que ele interpreta, divertidamente, em Cloud Atlas. O cara pode tocar apenas um certo número de notas, mas ele sempre consegue fazer com que soem únicas.
Dessa forma, separamos os melhores filmes de Tom Hanks. Somente uma observação: não incluímos Toy Story na lista. Mas nem é preciso dizer que nunca é uma hora ruim para assistir a um filme de Toy Story.
11. O Expresso Polar (2004)
Surpreendentemente, este é um dos dois filmes em que Hanks interpreta seis personagens. O Expresso Polar é tecnologicamente inovador, mas narrativamente desigual. Além disso, anima o livro infantil de Chris Van Allsburg por meio do que era uma inovação chique na época: a captura de movimento. O olhar morto dos personagens do filme ainda assombra nossos sonhos, mas também nos opomos às performances excessivamente fofas de Hanks como o maestro, Papai Noel e outros. É uma linha tênue quando se atua em um filme que pretende ser mágico: você obtém o equilíbrio errado e a coisa toda acaba parecendo agressivamente adorável e auto-satisfeita.
10. Splash (1984)
Um grande sucesso que essencialmente lançou as carreiras cinematográficas de Hanks, Daryl Hannah e Ron Howard, Splash é engraçado e afiado, especialmente quando leva sua premissa de peixe fora d’água e permite que a sereia de Hannah tente interagir com a cidade de Nova York (em pleno anos 80). Existem algumas partes que podem ser chamadas de “problemáticas” hoje – e sempre houve um argumento de que Hanks e seu companheiro John Candy deveriam ter trocado de papéis. Mas isso, como qualquer outra coisa, foi o que inicialmente “vendeu” Hanks a todos nós. Mesmo quando ele está sendo um idiota (e ele é um muito idiota no filme), você não pode evitar estar do lado dele.
9. Uma Equipe Muito Especial (1992)
Reforçando seu papel como Jimmy Dugan, o gerente alcoólatra de um time de beisebol só para mulheres, Hanks faz o adorável e excêntrico, o tipo de papel que ele não fez muito depois de se tornar um grande astro de cinema. Uma Equipe Muito Especial pega o ator em um ponto intermediário interessante em sua carreira. Ele estava se recuperando do fracasso de A Fogueira das Vaidades, mas ainda não no estágio em que ganharia Oscars consecutivos – e como tal, é uma espécie de piada vê-lo apenas “latir” para os personagens e ser totalmente teimoso. Claro, Dugan tem um bom coração por baixo, e é o tipo de personagem de uma nota que poderia facilmente ter se transformado em caricatura, mas Hanks o eleva pela força de seu carisma e doçura.
8. Um lindo dia na vizinhança (2019)
O Sr. Rogers não é de fato o personagem principal em Um lindo dia na vizinhança. Mas o filme se beneficia do acordo: o Sr. Rogers, interpretado por Hanks, é tão estranho, imutável e absolutamente estranho que construir um enredo em torno dele não deixaria o filme sem para onde ir. Além disso, aquela cena de apoio de Hanks é a quantidade perfeita: Hanks pode ser um pouco grande e moderno demais para realmente habitar Rogers, mas a maneira como ele conjura seu espírito, aquela graça silenciosa, é estranha e até mesmo comovente.
Hanks nunca alcança o “efeito” e permanece espiritual e fisicamente calmo: o seu Sr. Rogers é incognoscível, insondável, mas absolutamente irresistível. Quando um filme de Rogers foi anunciado, Hanks foi uma escolha tão lógica que o filme quase se escalou. Mas seu desempenho, como o filme, tem mais coisas do que apenas uma escalação de dublês: é rigoroso, bem pensado e simplesmente adorável.
7. The Post – A Guerra Secreta (2017)
No final de sua carreira, Hanks se tornou um substituto tão instantâneo do público – um subtexto tranquilo para suas performances é sempre que Tom Hanks está aqui, portanto tudo vai ficar bem – que você quase pode ignorar o quão forte ele é como Ben Bradlee aqui. Dessa forma, ele assumiu o papel que Jason Robards ganhou um Oscar interpretando em Todos os Homens do Presidente, e embora tenha um pouco da cartilagem de Robards, ele adiciona aquele ingrediente especial de Hanks: sinceridade.
Você nunca acredita que Tom Hanks está do lado errado aqui. Dessa forma, o fato de o Bradlee de Hanks estar disposto a se questionar – estar disposto a admitir seus próprios erros – torna-o muito mais fácil de entender e importante. Além disso, Hanks adicionou um pouco mais de qualidade em seus papéis posteriores, e ele se vestiu muito bem no papel. Na verdade, é incrível que ele nunca tenha interpretado um jornalista antes: cabe nele como um terno velho ligeiramente amarrotado.
6. Quero Ser Grande (1988)
Este foi o que fez todos perceberem: Oh, Hanks não é apenas um cara da comédia, ele poderia ser talvez uma das maiores estrela de cinema do mundo. Como o garoto que realiza seu desejo de ser grande, Hanks tem uma atuação gloriosa, hilária e doce como um garoto de 12 anos em um corpo de adulto. Ele é flexível, selvagem e sem restrições – é uma de suas melhores performances de comédia – mas ele nunca deixa você esquecer que há uma criança assustada lá dentro. Hanks não ganhou o prêmio de Melhor Ator por essa atuação, embora o filme tenha sido um grande sucesso, o que foi visto por muitos na época como um sinal de que a comédia nunca teria uma chance na Academia. No entanto, esse desempenho é garantido para trazer um sorriso ao seu rosto.
5. Apollo 13 – Do Desastre ao Triunfo (1995)
Volte e assista à Apollo 13 e você verá Hanks evitando o flash de suas interpretações vencedoras do Oscar, então, por uma mudança séria como comandante de missão que está determinado a manter sua tripulação (Bill Paxton, Kevin Bacon) concentrados enquanto eles e o Controle da Missão descobrem como levar sua nave danificada para casa. É uma performance fácil de enganar, mas Hanks a imbui com uma autoridade infinitamente excitante e despojada. Dessa forma, ele faz com que não perder a cabeça no meio de uma crise pareça algo heroico.
4. Náufrago (2000)
O mais próximo que Hanks chegou de uma transformação física semelhante à de Robert De Niro foi em Náufrago. Dessa forma, ele encontrou a estrela no papel de um executivo da FedEx que passa por uma metamorfose pessoal depois de ser o único sobrevivente de um acidente de avião. Tirando um tempo das filmagens para perder muito peso nas sequências da ilha, Hanks exala a sensação de isolamento espiritual que primeiro ilude o personagem, mas depois lhe dá uma nova razão para continuar vivendo. Esta pode ser sua performance mais íntima e elementar, seu parceiro de cena principal sendo uma bola de vôlei, e Hanks encontra uma urgência crua e ligeiramente aterrorizante em sua personalidade de mocinho que sugere que mesmo o melhor de nós tem um ponto de ruptura.
3. Forrest Gump – O Contador de Histórias (1994)
A ladainha de versos famosos deste vencedor de Melhor Filme – “Corra, Forrest, Corra”, “A vida é como uma caixa de chocolates”, “Jenny” – corre o risco de reduzir o filme a uma série de citações tão simples quanto o homem que Hanks interpretou para ganhar seu segundo Oscar. Mas a beleza de sua atuação está em como ela satiriza um período divisivo da história americana, ao mesmo tempo em que destaca a sinceridade e o otimismo que sempre fizeram parte de nosso caráter nacional. Claro, essa é uma noção cafona, mas era preciso um ator que pudesse transformar esse sentimentalismo em algo comovente e verdadeiro, e ninguém no planeta era mais adequado para o papel do que Hanks.
2. Capitão Phillips (2013)
A virada apavorada e vulnerável de Hanks como o homônimo Capitão Phillips é outro excelente exemplo de seus homens comuns em circunstâncias extraordinárias. O Phillips de Hanks é um bom capitão, mas também falho, e alguém que está constantemente se ajustando a eventos que estão totalmente fora de seu controle. Dessa forma, ele faz o possível para permanecer vivo, mas quando a provação finalmente passa e ele é capaz de fazer um balanço, ele se desmancha na cena mais crua e dolorosa de toda a carreira de Hanks. É um desempenho medido e calculado que leva a um momento de poder quase esmagador.
1. O Resgate do Soldado Ryan (1998)
Quando vemos o capitão Miller pela primeira vez, suas mãos estão tremendo enquanto ele leva o cantil aos lábios antes de iniciar o ataque do dia D à Normandia. Ele está com medo, como qualquer pessoa estaria naquela situação. A grandeza de O resgate do Solgado Ryan pode ser medido de várias maneiras – o brilho angustiante de sua sequência de batalha de abertura, as impressionantes imagens dessaturadas da guerra renderizadas pelo diretor de fotografia Janusz Kami?ski – mas, em última análise, é uma história muito humana, razão pela qual Steven Spielberg escalou a estrela comum mais confiável e identificável de Hollywood no papel.
À medida que o filme avança e a contagem de corpos aumenta, aprendemos que Miller foi o tipo de herói americano que a Segunda Guerra Mundial provavelmente produziu muito: um cara comum que se tornou um líder de homens pois o destino do planeta estava pendurado na balança. Dessa forma, Hanks está tão despojado quanto a paisagem, esperando que resgatar Ryan seja o suficiente para levá-lo para casa e esquecer toda essa matança terrível. Além disso, a morte dele nos momentos finais nos assombra muito depois do fim do filme, com Hanks prestando homenagem a muitos bons soldados que partiram para “salvar” a liberdade e nunca mais viram a América novamente.
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