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Hoje, com temperatura e pressão altíssimas, Vênus é um planeta que está distante de ser visto como hospitaleiro. No entanto, nem sempre foi assim por lá: antigamente, o planeta possivelmente possuiu uma atmosfera mais fria que a atual e oceanos líquidos em sua superfície. No entanto, algo fez que essa água sumisse. Além disso, agora, uma tese de doutorado indica que a perda de água foi bem menor do que se pensava até o momento.

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A tese é de Moa Persson, do Swedish Institute of Space Physics (IRF) e Umeå University. Para cria-la, Moa fez análises a respeito de como o vento solar – o fluxo de partículas carregadas que vem do sol – ocasiona em efeitos na atmosfera venusiana e causou com que as partículas atmosféricas do planeta “corressem” para o espaço. Além disso, ainda, ela verificou informações conseguidas pelo instrumento ASPERA-4 na missão Venus Express, da Agência Espacial Europeia, que foi publicada em 2005 e orbitou o planeta durante oito anos.

Vênus, o "planeta infernal", parece ter perdido menos água do que se esperava
Vênus, o “planeta infernal”, parece ter perdido menos água do que se esperava – Foto: Reprodução/CanalTech

Explicação sobre a água de Vênus

Persson diz que, hoje, a superfície de Vênus é tão quente e seca que se compara com a ideia de inferno. No entanto, essas condições são bem distintas do que era no passado. Antes, existiu água que poderia chegar a algumas centenas de metros se tivesse se espalhado igualmente pela superfície. “Essa água desapareceu, e minha tese mostra que apenas alguns decímetros dela se perderam para o espaço”, diz. Ela se inspirou em medidas de íons, partículas carregadas em volta de Vênus. Na média, dois prótons saem da atmosfera para cada íon de oxigênio.

Isso mostra perda de água, e a quantidade de íons que “correm” é afetada pelo vento e ciclo solar. Além disso, Persson indica que o número de prótons sumindo também depende do ciclo. Durante o mínimo solar, o momento em que as manchas solares diminuem para a menor quantidade do ciclo, existe mais prótons escapando do que durante o máximo, porque é nesta etapa que diversos deles voltam para o planeta. Além disso, a quantidade de íons de oxigênio que escapam também sofre efeito das variações do vento solar.

A pesquisadora finaliza que os resultados mostram que os processos de escape do oxigênio não podem explicar a perda do oceano na superfície do planeta. Em contrapartida, os resultados da tesa tem a possibilidade de serem comparados a pesquisas parecidas realizadas a respeito de Marte e a Terra. Por causa do campo magnético forte do nosso planeta, a perda de atmosfera para o espaço é maior do que aquela que acontece em Vênus e Marte.

Conclusão

Agora, Persson aguarda que mais pesquisas de comparação sejam realizadas a respeito das perdas atmosféricas de Vênus, Terra e Marte. “Isso é especialmente interessante agora que sinais de vida podem ter sido encontrados em Vênus”, conclui. A tese, chhamada “Escape to space or return to venus: ion flows measured by venus express”, pode ser acessada aqui.

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