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E quando a ficção vira realidade? É mais ou menos isso que está acontecendo nos campos de treinamento do exército americano depois que eles compraram alguns HoloLens e aplicaram sua tecnologia em táticas militares.

Uma empresa de mídia americana, a CNBC, teve a sorte de ser convidada para uma demonstração do novo Integrated Visual Augmentation System (IVAS – que numa tradução aproximada seria sistema integrado de expansão visual) das Forças Armadas dos EUA, uma versão para fins especiais do HoloLens 2 projetada para ser usada em campo por forças especiais.

“Precisamos fazer muitas iterações e encontramos um parceiro como a Microsoft que faz isso”, disse Mark Stephens, diretor de aquisição e operações da IVAS. “É anormal que um fornecedor tenha informações diretas dos soldados por duas semanas.”

Esse sistema mais parece ter saído direto da tela dos vídeo games, como de jogos como Call of Duty, Battlefield e outros de tiro em primeira pessoa.

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Soldados americanos treinando com o HoloLens 2

Começando com os gestos com a cabeça, usando um HoloLens 2 adaptado para rodar o sistema IVAS, o soldado ganharia “habilidades especiais”, como por exemplo, ao olhar para cima, será possível visualizar um tipo de bússola virtual com pontos de interesse marcados, projetados para fornecer informações sem interferir na visão dos soldados.

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Olhando para cima o soldado teria essa visão

Olhando para baixo o soldado poderia ver um tipo de minimapa que será projeto na altura do chão e conterá informações sobre você mesmo, sua equipe e até quem sabe sobre os inimigos a sua volta.

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O soldado vê uma imagem semelhante a essa

E se for pra fazer com tudo que tem direito, será possível instalar uma câmera com leitura térmica da Flir, dando assim ainda mais opções para o utilizador.

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visão noturna aprimorada

Agora, vem o mais interessante de tudo, pois, um líder do Exército disse à CNBC que espera que o dispositivo encolha e se torne do tamanho de um par de óculos de sol dentro de 6 meses. Me pareceu um pouco de exagero dele, mas, quem sabe… até porque esse sistema só deve entrar em operação em meados de 2022 ou depois. 

Bom notar que a Microsoft é uma das mais interessadas no projeto, pois, tal contrato com as forças armadas passa das casa dos US $ 480 milhões de dólares. Ela venceu a disputa com a Magic Leap, renomada empresa que trabalha com headsets de realidade aumentada.

Outro detalhes sobre assunto é que muitos funcionários da própria Microsoft são contra o uso dessa tecnologia para fins de guerra, tanto que muito recentemente foi liberado um manifesto desses funcionários se posicionando contra esse acordo e pedindo a anulação de tal contrato, coisa que não ocorreu, é claro.

“Não é apenas para uso em combate”, disse McCarthy. “Podemos coletar dados sobre um soldado em treinamento e melhorar sua pontaria. Podemos ver a frequência cardíaca deles. Quem sabe sua fala cairia bem num debate com esses funcionário insatisfeitos.

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Parece que a vida dos inimigos dos americanos vai ficar mais complicada…

Fonte CNBC