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Oh nós aqui “doustravez”! Se você lembrou-se dessa chamada… sim, nós já passamos dos 30! Agradeço os comentários de nossa última conversa (veja aqui): muito obrigado!

Bem, a seção agradecimento cresceu demais nessa semana – e eu fiquei todo orgulhoso, só não conte pra ninguém, segredo meu e seu. Tinha estabelecido um índice para tentar mensurar a recepção de vocês em 100 post e vocês o atingiram! Então, vamos tentar quebrá-lo novamente essa semana.

Obrigado pela crítica da falta de imagem. Foi a primeira vez que utilizei a plataforma WordPress, e eu também considerei serem necessárias, tinha até separado o logo da Apple para a indicação dos programas em binário universal, mas como não sabia utilizar a plataforma… ficou “pra próxima”. Agradeço as críticas. Colaborem com meu desenvolvimento.

Agradeço o esclarecimento prestado por Jonatã Girardi quanto à redação e aos erros de língua portuguesa, faço minha suas palavras. Vou pedir desculpas, pois todas as afirmações que fiz nesse texto tinham seu respectivo link, mas minha mãe espatifou meu tablet Asus e não deu para recuperá-los em tempo hábil para essa publicação. Caso queiram, ao longo da semana tento acresce-los, mas todas as minhas afirmações podem ser comprovadas. Tenha-nas por verdadeiras, eu garanto que são.

A coluna de hoje teve de ser alterada. Não, não brigue comigo, o responsável foi o leitor Marcelo. Ele nos deu uma rasteira. Tem nada não… “te pego lá fora!” Mudei a redação, e mantive o tema. Deliciem-se! Agora que você já compreende a origem técnica do Windows 10, os programas em binário universal, podemos continuar nossa conversa.

Por que eu descrevi sobre o binário universal na última semana? Porque o Windows 10 foi construído com base no binário universal, o primeiro sistema operacional pensado e construído para qualquer arquitetura de processador. É mesmo? Sim, é e sua origem remonta a 2011. Peraí Márcio, agora você está exagerando, o Satya, o Kevin Turner e o Joe Belfiore declaram que em sua apresentação do Windows 10 eles tinham feito um programa do zero, você não está enganado não? Não!

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Desde 2011, quando tivemos conhecimento dos primeiros indícios da Microsoft ter escrito seu sistema operacional em binário universal, já começamos a especular suas repercussões. Há um grande analista de tecnologia de informação, o Andy da ZDnet, que desde aquela época já defendia a transição da plataforma, naquele tempo chamavam-no Next Windows ou Windows 9.

A origem do Windows 10 remonta à proposta de Steven Sinofsky de escrever um novo Windows que aproveitasse todas as propriedades da arquitetura ARM, não meramente uma adaptação da versão tradicional. Para tanto, ele selecionou parte de sua equipe, na época Steven era o diretor da divisão da Microsoft que mais parece nome de tropa de elite, a Direct X. Se o Capitão Nascimento fosse o chefe dessa divisão, não seria o Zero-Um que pediria para sair não, seria o Zero-Mil! Essa equipe deu cabo ao projeto Windos on Arm, nomeada como WOA, americano adora siglas. No desenvolvimento desse projeto, a equipe Direct X vislumbrou o óbvio, ampliar a escrita do Windows de uma versão Arm para uma versão runtime, originando o Windows Runtime.

Afinal, quem é você Windows 10?

Então… isso mesmo!, ao desmascarar o Windows 10 você verá a face do Windows Runtime! Windows 10 é o refinamento técnico da versão RT com grandes mudanças. A principal – motivo de toda a reescrita dessa coluna, né Marcelo? – é a de que o Windows 10 deixa de ser apenas uma versão Runtime para tornar-se uma versão definitiva do Windows em código-fonte portável, tal qual o Linux, daí sua aproximação com os programadores independentes, que poderá ser portado a qualquer equipamento independente da arquitetura de seu processador.

windows 10 linux

A universalização dos binários nasceu de uma necessidade da comunidade dos desenvolvedores Linux. Há duas grandes famílias principais de versão do Linux, a Debian e a Fedora – saiba que existem muitos outras, ok? – que utilizam sistemas de empacotamento diferentes. Para que os avanços de uma pudessem ser portados à outra e compartilhado o conhecimento elas se reuniram e criaram o binário universal, como forma de portar tais avanços.

A Microsoft está muito próxima da comunidade independente Linux, notadamente em sua distribuição Ubuntu Cloud, onde o Windows Azure já concedeu certificado para a Canonical. Após Satya, a relação da Microsoft com seus desenvolvedores que querem colaborar com a sua nova visão tem clara inspiração na relação da Fedora com seus membros. Fim da relação vertical, construção da relação horizontal. Todos têm direito de expressar sua opinião e visão. Todos estão no mesmo nível: programadora e desenvolvedores construindo o futuro. Essa é a nova Microsoft, muito diferente da relação que tradicionalmente mantinha e que a Apple mantém com sua comunidade. Por essa razão, a ruptura de seu paradigma na relação com os desenvolvedores, agora eu “vesti sua camisa”, não me decepcione!

Márcio, nada mudou! Nada? Caros, tudo mudou. A Runtime, WinRT, agora é o padrão do ecossistema Windows e a Microsoft começa a escrever um novo capítulo de sua História. Farei parte dela!

Esse post ficou grandinho, então nos próximos, ao longo da semana, esmiúço os conceitos One Core, Integração de plataforma, Universal Apps e Descontinuidade de suporte aos aplicativos tradicionais do Windows e sua importância. Espero por todos.

Adiante!