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2017 pode ser um ano de muitas surpresas no mercado de tecnologia. Sabemos que o mercado de games, por exemplo, pode ser levado a outro patamar com a  chegada do Project Scorpio da Microsoft; na área de desktops podemos ver grandes inovação em aparelhos híbridos ainda mais versáteis do que temos hoje; na área de internet das coisas, Alexa e Cortana continuam evoluindo e podemos ver surgir dispositivos conectados super avançados que funcionam com comandos de voz; os softwares ficam cada dia mais autônomos, no momento em que a AI (inteligência Artificial) fica cada dia mais avançada; e, por fim, temos o mercado de dispositivos móveis, mais precisamente o mercado de smartphones que, assim como o de desktops, já está um tanto quanto estagnado há algum tempo e já suspira por algo novo e revolucionário.

Falando mais especificamente sobre o mercado de smartphones, sabemos que ultimamente a evolução dos aparelhos tem se resumido a melhorias de hardware, como melhores processadores, mais RAM, melhores câmeras, os módulos que agregam novas funcionalidades, e assim por diante, porém, nada que realmente causasse algum impacto grande o suficiente para revolucionar o mercado, digamos que algo semelhante como foi com o lançamento do primeiro iPhone, em 2007. Tal área clama por inovações.

Daqui até o final do ano podemos assistir ao lançamento de grandes aparelhos vindo da coreana Samsung, que no caso seria o Galaxy S8 e o S8 Plus. A promessa para esses aparelhos é um hardware ainda mais potente, uma tela ainda melhor, com as bordas curvas em todos os modelos, entre outras coisas, porém, sua maior inovação possivelmente será o leitor biométrico de leitura de íris, tal como os Lumias 950 e 950 XL, também uma certificação de resistência a água e a poeira ainda maior (quem sabe IP68), a retirada do botão físico frontal (home) e USB Tipo-C.

Também podemos ver algo saindo de Cupertino, já que agora em 2017 o iPhone da Apple irá comemorar seus 10 anos de lançamento. Suspeitas sugerem que a Apple revelará o iPhone 8 junto com os iPhone 7S e 7S Plus. Sobre suas inovações, o iPhone 8 pode vir com uma tela de AMOLED, ao invés da velha Retina Display, também pode perder seu botão Home, e também pode ganhar um tipo de reconhecimento facial como forma de garantir acesso personalizado ao aparelho.

Imagem que integra os rumores sobre o iPhone 8 da Apple

Note que tanto a Samsung como a Apple parecem continuar insistindo na mesma receita de “sopa”, que é evoluir o hardware e aperfeiçoar o software, porém, adicionando só mais uma pitada de tempero no prato… então, será que podemos esperar algo de bom de Redmond e que cause algum impacto nesse mercado? Se os rumores que rodam pela web se concretizarem, sim! o Surface Phone pode ser um divisor de águas nesse quesito e pode chegar no segundo semestre de 2017.

O novo smartphone da Microsoft contaria com um hardware poderoso, como o Snapdragon 835, 6GB de memória RAM, tela de 5.5 polegadas com resolução QHD, suporte ao Quick charging 4.0, entre outras coisas, mas, até aqui não teria nada de inovador frente a seus concorrentes. A novidade estaria no fato do Surface Phone rodar o Windows 10 completo voltado para chips ARM.

Alguns acreditam que o Surface Phone poderia contar com uma tela dobrável

Rodando tal tela do Windows 10, o Surface Phone seria muito mais do que um telefone, ele seria um PC completo, mas que cabe no seu bolso e ainda assim pode ser usado para tarefas bem mais simples, como ligar para alguém via rede de celular.

Sentado a frente de uma mesa e com os acessórios adequados, o Surface Phone poderia ser o seu PC completo, rodando, inclusive, aplicativos win32 nativamente, tudo com o auxílio do Modo Continuum. Quando usado na palma da sua mão, ele ainda seria um poderoso PC, porém, com uma UI totalmente adaptada para sua pequena tela. Seria o fim da barreira que hoje separa o PC do Smartphone. Tudo seria uma coisa só, ou ao menos essa seria a ideia.

Um telefone capaz de rodar aplicativos de desktops…

Nunca na história desse mercado existiu algo assim que funcionasse em plenitude, nem mesmo o Continuum dos atuais Lumia 950 e 950 XL seria tão eficiente a esse ponto, já que atualmente eles rodam apenas aplicativos universais do Windows contidos na loja. Tudo bem que o HP Elite X3 tem algo a mais, que é o HP Workspace, pelo qual é possível rodar “grandes” Apps X86 usando o hardware do telefone, no entanto, tudo isso precisa passar por uma solução em Nuvem da empresa. Os rumores sugerem que o Surface Phone faria isso sozinho, sem o auxílio da Nuvem e nativamente. De cara, se isso fosse realmente possível, o Surface Phone poderia rodar os mais de 8 milhões de programas atualmente disponíveis para o Windows, o que é muito mais do que os Apps atualmente disponíveis na App Store e na Play Store.

No final o Surface Phone pode nem ser um telefone, mas sim, um pequeno tablet com funcionalidades de celular, ou apenas um híbrido, tal como é o caso do seu primo da linha Surface Pro, afinal, se a ideia da Microsoft é criar uma nova categoria fica complicado dizer o que o Surface Phone é, literalmente.

Obviamente não vamos esperar que o Surface Phone seja o salvador da pátria com relação ao Share Sales e Market Share do Windows 10 Mobile. Não é um telefone ou um híbrido que aumentará as vendas de smartphones com Windows, até porque o Surface Phone, quando lançado, deverá ser bem caro, mas a questão aqui é que ele pode ser um divisor de águas para uma nova geração de smartphones, que poderiam chegar ao ponto de se transformarem na próxima geração de desktops.

Se a ideia da Microsoft é ser o “modelo” de sucesso, fazendo uso da mesma receita usada no Surface Pro, Surface Book e no Surface Studio, seu plano pode ser tomado como exemplo pelas demais empresas, e OEM’s passem a usufruir dos benefícios do Windows 10 para chips ARM, e ai sim telefones com Windows enfim poderiam ter o seu lugar ao sol.