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Estados de acordo que uma grande parte das descobertas científicas ocorreram devido aos instrumentos estarem voltados para o lugar certo, na hora certa. Foi exatamente o que aconteceu com a sonda Juno, da NASA, que estava perto de Júpiter para estuda-lo mais de perto. Enquanto analisavam os dados da sonda, os cientistas puderam notar uma breve ocorrência de um brilho forte à altitude de 225 km. Ou seja, o que deduzem ter sido causado por um meteoro explodindo na atmosfera do planeta.

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A sonda se encontra em órbita de Júpiter desde 2016. Além disso, um de seus instrumentos científicos é o UVS, que se trata de um espectrógrafo ultravioleta que tem como objetivo principal estudar a atmosfera do planeta em busca de ocorrências de auroras. A ocorrência em questão aconteceu quando a sonda estava em órbita elíptica ao redor de Júpiter, que tem uma visão mais de perto do planeta a cada 53 dias – Durante esse período, o UVS coleta dados por aproximadamente 10 horas.

Sonda da NASA parece ter flagrado um objeto entrando na atmosfera de Júpiter
Sonda da NASA parece ter flagrado um objeto entrando na atmosfera de Júpiter – Foto: Reprodução/CanalTech

Entretanto, se a sonda der o azar de passar perto de lugares onde a radiação é muito grande, os dados podem ficar comprometidos. A sonda Juno realiza uma rotação a cada 30 segundos para que o UVS consiga coletar os dados por cerca de 7 segundos por cada rotação da nave, dependendo se a sonda estiver próxima suficientemente do planeta para isso. Deste modo, quando os dados foram analisados, puderam notar, nas imagens obtidas pelo sensor, um pico de brilho em uma área um tanto estranha.

Sonda da NASA: mais detalhes sobre a descoberta em Júpiter

Para que chegassem a uma conclusão para a causa disso, primeiro tiveram que eliminar possíveis fontes. As auroras foram o primeiro palpite, mas logo descartadas, já que o excesso de brilho aconteceu em uma área fora de onde elas costumam aparecer. Em seguida, a próxima fonte possível era a ocorrência de um evento luminoso transiente (TLE), que são poderosas emissões de luzes que duram por um breve período na atmosfera superior do planeta.

Esses eventos luminosos já foram vistos ocorrendo no lugar onde ocorreu o brilho. Entretanto, nunca antes haviam visto antes um (TLE) com brilho da intensidade que o UVS tinha captado desta vez. Eliminando as possíveis fontes, só bastava saber se os dados misteriosos não eram fruto de algum erro do instrumento; caso isso tivesse ocorrido, os fótons teriam que estar posicionados de forma aleatória, que não era o caso, logo não havia problema com o instrumento.

Sonda da NASA parece ter flagrado um objeto entrando na atmosfera de Júpiter
Sonda da NASA parece ter flagrado um objeto entrando na atmosfera de Júpiter – Foto: Reprodução/CanalTech

Por fim a equipe de cientistas concluiu que o brilho só poderia ter sido causado por uma explosão de um meteoro na atmosfera de Júpiter. Os cientistas estimam que o objeto pese entre 250kg e 5 toneladas, com até 4m de extensão, tudo isso com base na energia emitida que foi obtida através do brilho. Esses impactos, na verdade, não são tão raros assim, já que Júpiter é o segundo maior corpo do Sistema Solar e sua gravidade extrema acaba por atrair esses objetos espaciais.

Conclusão

Deste modo, eles estimam que muito provavelmente haverá milhares de outros eventos como esse que poderão ser captados pela sonda, caso esteja apontada para a direção correta. O autor que liderou o estudo, Rohini Giles, fez menção à importância que tem para a ciência o estudo dos impactos: “os impactos de asteroides e cometas podem ter efeitos significativos na química da estratosfera de Júpiter”. E ainda explica: “Definir a taxa de impacto é uma parte importante para o entendimento da composição do planeta”.

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