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Analistas do UBS estimam que mesmo gerando um absurdo lucro de U$ 323 bilhões este ano, o mercado de smartphones está em queda, tanto que registrará em 2016 uma queda de 1,4% em sua lucratividade.

Ainda sobre isso, Richard Windsor, um dos analistas envolvidos no relatório em questão, afirmou que as telas flexíveis que podem ser dobradas e enroladas poderão oferecer displays com até 10 ou 14 polegadas, e isso colocaria um fim a era dos tablets.

“O que é um tablet?”, pergunta ele. “Por que você teria um? Esse mercado vai simplesmente evaporar da noite para o dia”, acrescentou Windsor. O vídeo abaixo da Samsung expressa bem esse pensamento de Windsor:

httpss://www.youtube.com/watch?v=MKG7XRsG9KQ

Os analistas acreditam que telefones com telas flexíveis aliados a wearables (que são gadgests vestíveis, como a Microsoft Band) e as assistentes virtuais como Cortana e Siri, devem fazer com que as pessoas percam o hábito de usar smartphones o tempo todo da maneira como vemos hoje. Esse seria o próximo passo da evolução tecnológica para o mercado mobile.

Christian Lindholm, inventor dos teclados de envio fácil de texto que fizeram os aparelhos da Nokia serem os mais vendidos de todos os tempos, disse: “Tudo na indústria do celular é agora incremental: ligeiramente mais rápido, um pouco maior, um pouco mais de armazenamento de dados ou resolução melhor“. O que é bem verdade, basta ver os mais recentes lançamentos da Apple e Samsung, que fizeram apenas o dever de casa atualizando seus dispositivos, mas sem grandes inovações. No máximo podemos citar os Lumias 950 e 950 XL que trouxeram duas boas e grandes inovações no ano passado que foi o Modo Conitnuum, que permite usar seu telefone como se ele fosse um PC completo e o leitor biométrico de íris, e nada mais.

Voltando a Richard Windsor, ele ainda completou: “A maneira como a coisa toda está evoluindo indica que o aparelho em si vai se tornar apenas uma outra forma de fornecer acesso à vida digital do usuário“,

Como falamos antes, assistentes virtuais devem ser a nova forma do usuário interagir com a internet, com sua casa, com seu carro e demais dispositivos, inclusive seu smartphone. A voz passará a ser muito mais usada do que os dedos, como acontece hoje.

Os analistas acreditam que a evolução dos smartphone também sofreu uma parada brusca rumo a inovação devido a grandes limitações, especialmente no que confere a bateria, já que encontrar um telefone repleto de funcionalidades que funcione ininterruptamente e que aguente um uso contínuo e prolongado por mais de 24h  sem ir pra tomada é algo quase impossível atualmente.

Com foi comentado no começo do texto, o futuro dos tablets parece ainda mais sombrio, já que esse mercado tende a sucumbir com a chegada das telas flexíveis e isso contraria todo o quadro pintado pela Apple em seu evento de apresentação do novo iPad Pro, no qual eles afirmaram que o novo iPad Pro era o substituto perfeito para o seu PC com Windows, quando na verdade ele parece estar fadado ao fracasso mesmo antes de nascer. Não é preciso procurar muito para encontrar pesquisas recentes que mostram que as vendas de tablets vem caindo em todo o mundo, e o iPad sem dúvida está incluso nisso, assim como outros dispositivo com Windows desse mesmo gênero.

Quem deve sobreviver por mais tempo são os híbridos, como o Surface e outros, mesmo assim, da mesma forma como o smartphones evoluirão para novas formas de interação, o mesmo deve acontecer com computadores e híbridos por assim dizer que podem abandonar a forma naturalmente conhecida hoje, para evoluir para janelas inteligentes, mesas, portas, e tudo mais que puder abrigar um pequeno hardware com novas formas de interação.

Obviamente Cortana, Siri e Google Now ainda estão longe de oferecer uma experiência que possa nos dar um vislumbre desse futuro, mas digamos que todas elas começaram a engatinhar, especialmente Cortana, que é a única que oferecer uma conversação mais natural que as demais.

Cortana Hey Windows 10

Quem tiver interesse em entender melhor essa perspectiva comentada pelos analistas basta assistir ao filme “Her” ou “Ela”, na qual uma personagem virtual interpretada pela linda Scarlett Johansson faz parte de um novo sistema operacional adquirido por um escritor solitário. Na trama ele acaba se apaixonando pela assistente virtual, que inclusive chega a corresponder a essa amor. Utopias a parte, veja com atenção a forma como ele interage com o S.O.

Fontes: reuters e adorocinema