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A reorganização dentro da Microsoft continua a todo vapor. As coisas não param de mudar e pessoas mudam de um departamento para outro o tempo todo. Tudo isso em busca de um melhor alinhamento entre o talento individual de cada funcionário com os objetivos de cada equipe. Ao mesmo tempo se busca uma maior coesão da empresa como um todo. As novas mudanças tem uma grande relação com o Microsoft Edge, que é um dos novos focos da companhia. Nesta última atualização, que ocorreu no início desta semana, a Microsoft está realocando diretores e gerentes de forma que o Edge terá um papel mais proeminente ecossistema de softwares da empresa.

Em um nível mais alto, alguns dos itens anteriormente que estavam debaixo do Jason Zander (CVP responsável pela engenharia do Windows) estão agora sob o guarda-chuva da equipe Experiences and Devices da EVP comanda por Rajesh Jha. Especificamente, como Mary Jo observa, e quem fez um ótimo artigo sobre isso também, o gerenciamento de dispositivos móveis do Windows e a parte de análise da organização foram movidos.

Além disso, a equipe de Kudo Tsunoda, disseram, agora não é mais um grupo e esses relatórios estão agora em outras partes da organização da Microsoft. Acreditamos que este processo tenha realmente começado há alguns meses com Megan Saunders deixando a equipe de Kudo e agora ela está liderando a Cortana, isso com base nas demos do Microsoft Build 2018 e seu papel no keynote. Ainda sobre isso, temos o Marcus Ash, que antes trabalhava com Cortana e agora é o Gerente Geral de Tarefas da Microsoft .

Além de todas essas mudanças, a forma como a Microsoft está olhando para o Edge está evoluindo e ele vai desempenhar um papel muito maior no futuro da empresa, à medida que o Windows continua sendo deixado de lado para outras iniciativas.

É fácil perceber que neste momento a Microsoft não terá mais um sistema operacional dedicado a dispositivos móveis, como um Windows 10 Mobile ou Windows Phone, o que significa que a empresa está procurando maneiras de usar seus outros serviços para manter os usuários dentro do ecossistema da Microsoft. Essa estratégia deve girar em torno de Edge, e é por isso que eles começaram há algumas semanas transferindo mais engenheiros para a plataforma para ajudar a acelerar o desenvolvimento e ampliar o escopo do aplicativo.

Mas, o Microsoft Edge pode fazer tanto assim?

O Edge é muito mais que um “simples” navegador. Atualmente, ele pode ler PDFs, é uma livraria completa, é a tecnologia de back-end para Sets (Guias do Windows ou Conjuntos) e está desempenhando um papel fundamental no recurso Timeline (Linha do Tempo) da empresa. Esse design não é por acaso, pois a Microsoft sabe que o navegador é o núcleo central de todas as experiências do sistema operacional, e é por isso que eles trouxeram o Edge para iOS e Android.

Microsoft Edge no iOS é a chave para uma convergência entre os dispositivos móveis da Apple com o Windows

Pense desta maneira: em dispositivos móveis, dentro do Edge, a Microsoft pode construir experiências que atravessam o espaço de desktop e móvel sem problemas. Com esse conceito em mente, se eles puderem atrair usuários para o Edge e torná-lo uma experiência de “mundo dentro de um mundo”, eles também poderão “vencer” no espaço móvel. É por isso que vemos a empresa investindo pesadamente em experiências de aplicativos como o Edge no iOS e Android, pois é o melhor lugar para a Microsoft mesclar experiências de desktop e móveis; este é um segmento chave ‘must-win’ para a empresa. Veja que no iOS o usuário só precisa do Edge para usar sincronizar tudo o que é possível com um PC com Windows. No Android isso ainda depende do Microsoft Launcher, mas isso pode mudar no futuro.

É inegável que uma empresa que tem focado tanto em serviços em Nuvem precisa de um navegador matador, e esse deve ser um dos principais motivos para tanto investimento no Microsoft Edge, tanto no Windows, como também no iOS e Android, que são os três sistemas operacionais dominantes no atual mercado. Em suma, o Microsoft Edge precisa prosperar para que os planos da Microsoft prosperem junto em várias frentes.

Alinhado a tudo isso temos os altos investimentos nos Progressive Web Apps (PWA), que necessitam apenas de um navegador para suporta-los com qualidade e isso o Edge já faz também. Mais uma vez vemos o Edge como centro do investimento.

Sobre a questão do Edge se tornar um aplicativo da Microsoft Store, podemos nunca ver isso acontecer, já que aos poucos vemos o Edge cada vez mais encrustado no Windows. Agora que ele serve de plano de fundo para os Sets, que é uma nova proposta de UI para o usuário, cremos que dificilmente ele será “individualizado”. O que pode acontecer é a Microsoft liberar updates mais constantes para o Windows 10 afim de otimizar o Microsoft Edge. Sobre isso não temos nada oficial.

Você usa o Edge no iOS ou Android, ou mesmo no Windows? Conte-nos sua experiência com o browser da Microsoft. Quem sabe dê tempo de você listar os pros e os contra 😉

Fonte: petri