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Por anos a Intel dominou o mercado de processadores, especialmente em uma época em que os celulares e smartphones estavam em ascensão, mas, os tempos mudaram e hoje a Qualcomm, especialista em processadores com arquitetura ARM, que são justamente os mais usados em dispositivos móveis, tem colocado a prova o poder e domínio da Intel quando o assunto é hardware para processamento de dados.

Pois bem, um caso bem específico envolvendo o mercado de iPhones nos EUA alimentou ainda mais essa disputa entre a Qualcomm e a Intel, tanto que no último dia 21 deste mês a Intel emitiu um comunicado no qual ela acusa a Qualcomm de promover ações anticompetitiva no mercado de modens mobile.

3d illustration of a glowing blue Qualcomm logo sitting on top of a glossy microchip

O caso é o seguinte… a Comissão de Comércio Internacional dos Estados Unidos (ITC) pediu à Intel um parecer após solicitação da Qualcomm para a suspensão das importações de iPhones que não utilizam os modens LTE da própria Qualcomm até a correção da situação. Como tais dispositivos utilizam justamente componentes feitos pela Intel, a empresa alega que isso viola as suas patentes. Entre as práticas anticompetitivas apontadas pela Intel, podemos destacar o esquema “sem licença, sem chips”, da Qualcomm, problema também indicado pela Apple no final de junho. Essa prática exige contratualmente o pagamento de royalties tanto para liberar o uso de uma tecnologia quanto, posteriormente, a cada unidade vendida do iPhone.

Do outro lado a Qualcomm se defende dizendo que a Apple tomou decisões unilaterais sobre esse aspecto e desrespeitou um contrato que vigora há anos. A companhia se posicionou publicamente sobre o tema, afirmando que seus royalties são mais baratos do que um adaptador de tomada oficial para produtos Apple. Para a Intel, esse mesmo preço baixo é apenas mais uma prática anticompetitiva, tendo em vista que prejudica o avanço de competidoras no setor ao oferecer preços mais baixos com exclusividade para a Apple em troca de exclusividade na aquisição de seus chips de comunicação LTE.

Claro que não existem vítimas nem “criminosos” nesse jogo, afinal, tudo é pelo dinheiro e pelo poder, tanto que a “coitadinha” da Intel foi multada em US$ 1,4 bilhão em 2009 pela União Europeia por práticas abusivas no mercado de processadores de PC. De qualquer, podemos dizer que qualquer competição é sempre benéfica para o consumidor, mas, se eu fosse a Intel estaria um pouco mais preocupada com o crescimento da Qualcomm sim, ainda mais agora que a Microsoft abriu a possibilidade de rodar o Windows 10 completo em um processador da linha Snapdragon de arquitetura ARM. Inclusive esse assunto já rendeu um comunicado da Intel também, reveja aqui.

Fonte: INTEL e Tecmundo