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programae iniciativa Hora do código

O universo da tecnologia, que desperta, tradicionalmente, a atenção do público masculino está mudando de cara. Pouco a pouco as mulheres vão ocupando seus lugares nesse mercado. O Programaê!, iniciativa da Fundação Lemann e da Fundação Telefônica Vivo que visa disseminar a linguagem da programação entre pessoas de todas as idades, notou que o interesse das meninas já começa a se igualar ao dos meninos. Para incentivar esse público a dar os primeiros passos nas ferramentas Code e Scratch, o projeto oferece em sua plataforma possibilidades de programação com protagonistas femininas de grande sucesso, como as personagens da saga Star Wars e as princesas da animação Frozen. O resultado é que as mulheres já atingiram a marca de 54% dos acessos à plataforma do Programaê!.

Mikaeri Ohana, de 18 anos, aluna do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas na FATEC de Jundiaí (SP) e usuária do Programaê!, acredita que o preconceito com as mulheres que atuam na área de tecnologia vem diminuindo: “estamos ganhando cada vez mais espaço para contribuir com nossos conhecimentos e ideias”. Ohana teve contato com a tecnologia pela primeira vez em 2005 e desde então se apaixonou pelos encantos da programação. “Fiz um curso técnico de informática e na minha sala havia oito meninas – e 32 meninos -, e apenas cinco concluíram o curso. Ouvi muitos comentários preconceituosos e machistas. Julgavam que alguns erros técnicos que eu cometia aconteciam pelo simples fato de eu ser mulher. ‘Ela não sabe porque é mulher!’, ou ‘informática não é pra menina’, eram as principais frases que eu ouvia. Mas nada disso me impediu de continuar. Aumentou minha vontade de mostrar para as pessoas que temos sim que ter as mesmas oportunidades e dividir o mesmo espaço que os homens”.

Já Evelyn Cid, de 33 anos, especialista em Engenharia de Software e professora de TI em cursos técnicos da Fecap e Fiap, conta que chegou a frequentar turmas compostas 90% por homens. “Não me intimido nem um pouco com esse domínio do público masculino. Pelo contrário, incentivo minhas alunas. Somos poucas, mas fazemos uma grande diferença nessa área”, comentou.

Para Lucas Machado Rocha, coordenador de projetos da Fundação Lemann, oferecer oportunidades iguais de acesso ao conhecimento de programação a ambos os gêneros é uma das premissas do Programaê!. “Ficamos felizes em poder contribuir com o acesso das meninas a esse universo tão plural, que é a tecnologia, e convidamos todas as mulheres a programar conosco”.

Participe! Acesse a plataforma do projeto e comece agora mesmo a programar: https://programae.org.br . O acesso é totalmente gratuito e a experiência é incrível.