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Quase que com uma fé inabalável, uma pesquisa revelou que cerca de 56% dos usuários do Windows Mobile (Windows Phone e Windows 10 Mobile) ainda tem fé no investimento da Microsoft em uma plataforma mobile dentro do seu ecossistema. É um número bem interessante, tendo em vista que o atual cenário não está muito favorável para quem tem um smartphone com Windows.

O cenário ruim do qual estamos falando tem uma relação muito próxima com o domínio quase que absoluto do Android nesse mercado. A Apple e seu iOS vem em seguida, mas, a alguns “anos luz” atrás. O iPhone é o smartphone mais vendido do mundo, no entanto, esse dado, sozinho, é bem legal para a imagem da Apple, mas, na prática, smartphones com Android, que são milhares de modelos diferentes, vendem feito água.

Quando foi lançado, o Windows Phone surgiu como uma interessante terceira opção. Inclusive o Windows Phone, hoje Windows Mobile, seria o único palpite realmente aceitável para, quem sabe, mexer com o poderio do Android, isso porque o iOS é um sistema fechado que se limita apenas aos modelos de iPhone e iPads da Apple. Nenhuma outra empresa pode usa-lo, então, ele nunca conseguirá derrotar o Android. Já o Windows Mobile pode ser instalado em qualquer aparelho de OEM, tal como o Android.

Se o Windows Mobile é tão atraente, porque não vingou ainda? Levaria dias para tentar explicar os motivos disso e mesmo assim poderia ser que ainda assim não fosse possível explicar esse porquê, mas, enfim, gap de Apps, falta de uma marketing mais agressivo, mais transparência da Microsoft quanto aos planos para sua plataforma, baixa adesão de grandes OEMs, boicote de outras empresas, como a Google, que até hoje se recusa a lançar suas aplicações padrão na Windows Store, baixa adesão de desenvolvedores e empresas do ramo, hábito dos usuários já acostumados com o Android ou com o iOS, tendo em vista que o Windows Mobile tem uma UI bem diferente dos outros dois, erros de planejamento, erros de execução, baixa adesão das operadoras, enfim, os motivos são diversos.

Então, pensando em intensificar o debate que sempre perdura na comunidade Windows, o site norte-americano OnMSFT realizou uma enquete em prol de descobrir se os donos de telefones com Windows comprariam os futuros celulares da Microsoft, mesmo que os futuro (ou futuros) integrantes da geração Surface não possa ser taxado como um smartphone – propriamente dito. Eis o resultado:

  1. Sim, para um ótimo dispositivo com ótimas especificações: 56% (4.659 votos)
  2. Talvez, apenas se a companhia seguir com o compromisso do ecossistema: 23,47% (1.953 votos)
  3. Duvidoso, preciso esperar para ver: 9,51% (791 votos)
  4. A Microsoft falhou muitas vezes conosco em sua divisão de celulares, nunca voltaria para este sistema: 11,02% (917 votos)

Mesmo o item 1 sendo interessante, achamos que a 4 foi a mais interessante, pois, reflete que grande parte das pessoas que usam o Windows em seus telefones entendem que a Microsoft não falhou. A Microsoft tem lutado contra o poderio do Android há anos, desde o Windows Mobile 6.X pra ser mais exato, porém, é uma batalha muito difícil de ser vencida. Na tentativa de vencer, erros foram cometidos, decisões difíceis foram tomadas, egos se quebraram, planos foram frustrados e outros foram alterados, mas, de fato, eles não desistiram e pelo vistos os usuários sabem disso.

Alguém pode levantar a mão e dizer que tamanha fé está depositava no mítico Surface Phone, mas, é sempre bom deixar bem claro que não será um novo dispositivo que mudará o atual cenário do mercado de smartphones e dispositivos portáveis inteligentes. A Microsoft não está apostando suas fichas nesse telefone, smartphone, híbrido, seja lá o que for, mas sim, em uma plataforma integrada, capaz de se adaptar a qualquer tamanho de tela que é munida de uma loja versátil que pode ser alimentada por um programa igualmente versátil como o Visual Studio. Não podemos esquecer do poder da Nuvem nesse samba, já que ela é que será um dos abre alas do novo Windows 10 com CShell. Então, o Surface Phone será apenas mais uma “janela” pela qual todos poderão enxergar o poder do Windows 10 e não importará o tamanho da tela do seu gadget.

Os UWPs serão o grande elo que colocará um fim no gap de Apps, no entanto, eles também podem ditar novas tendências, como por exemplo, aplicativos que não precisam ser instalados no aparelho ou ainda que não precisem ter sido programados para a plataforma A ou B. Então, acreditamos que a fé dos fiéis usuários está em planos como esses que citamos, planos universais.

O programa Windows Insider tem dado uma baita força na manutenção dessa fé, porém, mesmo sabendo de tudo isso, ainda aguardamos algo mais concreto sobre o futuro da plataforma. ARM? 64 bits? Feature2? Restone 3? Windows 10 S? Windows 10 IoT? São muitas incógnitas que ainda precisam de uma equação mais completa para que possam ser resolvidas e, por fim, reveladas.

Fonte: tudocelular obg ao Bruno Oliveira pela dica 😉