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Ah que pergunta complexa… O Surface Phone existe? E essa outra: Ainda teremos telefones com Windows? Alguém ai saberia responder a essas duas perguntas?

Se você respondeu as perguntas acima com um não ou com um sim, saiba que ninguém, exceto uns poucos seres humanos que trabalham em Redmond, saberiam a resposta correta… então, não fique triste se você errou, afinal, ninguém sabe se um dia esse tal de Surface Phone chegará ao mercado ou mesmo se voltaremos a ter o Windows rodando em um telefone. O que sabemos é que a Microsoft tem o desejo de colocar o Windows 10 em dispositivos ultra portáteis, algo que caiba em seu bolso, como um smartphone, só que mais poderoso.

A primeira coisa que precisamos levar em consideração para o caso de um SIM para as perguntas cima, é que a descontinuação do Windows 10 Mobile teria sido um mal necessário, pois, se a ideia é se diferenciar, pra que manter um sistema que ainda é de 32bits com uma loja que continuava devendo para as demais? Como o próprio CEO da Microsoft já falou, porque um terceiro sistema operacional mobile se não há nenhuma diferenciação?

Para quem pensa que a ideia de levar o Windows de forma plena a dispositivos ultra portáteis é nova, saiba que essa ideia começou em 1996 com a estréia do Toshiba Libretto 100C (abaixo).

Resultado de imagem para Toshiba Libretto

Ele era a máquina com Windows mais leve entre todas, sem deixar nada a desejar em funcionalidades para as demais tradicionais. Esta máquina ridiculamente pequena gerou outros PCs miniaturizados executando o Windows Full e não uma versão móvel. Depois vieram dispositivos como o Intel Compute Stick e o NUC . A seguir temos um vídeo de uma versão mais moderna do Toshiba Libretto, porém, a ideia permanece a mesma…

Depois desses modelos vimos inúmeras tentativas da Microsoft e de suas OEMs para desenvolver um dispositivo portátil que tivesse o poder de um Laptop somado a versatilidade de um smartphone. Desde 1996 que a Microsoft tenta encontrar uma forma de tornar real o sonho de termos o Windows completo em uma tela diminuta de uma forma que as coisas funcionem de forma plena, porém, nada que conquistasse o mercado veio a tona.

Agora, com a continua migração do PC para o smartphone, a Microsoft sabe que não pode ignorar tal mobilidade, então, se eu fosse apostar minhas fichas, eu responderia com um SIM as duas perguntas chave desse post. Porque penso assim? O dispositivo móvel é o futuro do acesso à Internet e vem invadindo a área de trabalho e o mercado de laptops há uma década, então, acredito que a Microsoft não vai simplesmente se sentar e assistir enquanto o iOS e o Android se tornam os sistemas operacionais do futuro e o Windows simplesmente desaparece da face da terra junto com os PCs tradicionais.

Então, eu mesmo sonho em um evento onde Satya Nadella ou Panos Panay entram no palco falando algo como:

“Já mostramos o poder de um laptop com Windows 10 com nossa linha Surface Pro e Surface Book, também mostramos a versatilidade do nosso sistema em dispositivos como o Surface Studio, pensamos mais a frente com o nosso PC holográfico, o HoloLens, então, as pessoas nos perguntavam: e os telefones? e a resposta é: nós não temos um novo telefone para vocês, nós temos algo melhor…”

Daí então ele puxaria um Surface Mobile, Surface Phone, Surface Pocket, seja lá o que for do bolso, mas, ele não seria um simples smartphone. Seria um dispositivo capaz de executar qualquer aplicação já criada para o Windows 10 Desktop e Mobile, dotado de um chip específico para funcionalidade de inteligência artificial, completamente pronto para a Nuvem, com funcionalidades inovadoras para o Windows Hello, suas câmeras poderiam ser usadas para aproveitar a plataforma Mixed Reality, o poder de processamento seria tamanho ao ponto dele poder executar jogos do Xbox Play Anywhere, com suporte ao Windows Ink, algo quase sem boras, então, por fim, as cortinas se abririam e veríamos uma Dock Station, onde o tal dispositivo poderia oferecer uma experiência desktop completa por meio do Continuum 2.0.

Conceito – Surface Phone

O ciclo se fecharia, o OneCore estaria completo e tudo faria sentido. Uma gama de novos dispositivos móveis, que não eram mais apenas smartphones, como também PCs completos, ditariam uma nova tendência. Os aplausos viriam de todos os lados, então, de surpresa, alguém apresentaria o Projeto Andrômeda de forma plena, com o Windows sendo capaz de se adaptar a qualquer tela e a qualquer dispositivo de forma automática, portanto, não veríamos apenas um Surface Phone, como também uma gama de novos dispositivos Windows. Aliado a isso uma tecnologia de programação capaz de fazer com que fosse possível rodar aplicativos sem a necessidade de instalação local no aparelho, quem sabe tudo passaria a girar em torno dos PWA e o gap de Apps entre as plataforma chegaria ao fim.

Imagem relacionada

Outro conceito do Surface Phone. O criador do conceito o chamou de Surface Note

Nesse ponto as pessoas entenderiam que a funcionalidade de celular havia se tornado apenas mais um aplicativo em sua área de trabalho portátil. O sucesso seria estrondoso e milhares de memes invadiram a internet sobre o ressurgimento do Windows em “telefones”, mas que o plano por trás de tantos anos de espera havia valido a pena…

Fui longe demais? Ou posso estar certo? Também posso estar errado. São apenas devaneios de um entusiasta e fã da Microsoft.

Fonte: PCmag