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Esse é um tema bem bacana que não esperava a companhia aceita-la tão cedo. Como já disse aqui, a postura atual da Microsoft é verdadeiramente outra, muito próxima da Fedora. Não há hierarquia no diálogo entre programadora e desenvolvedores. Todos apresentam suas ideias e essas são plenamente consideradas. Como de costume, as boas são aproveitadas.

Há tempos os programadores requisitam à Microsoft a possibilidade de escreverem extensões a seu programa navegador de internet. A Microsoft não apenas aceitou, finalmente, esse pedido, como iniciou uma nova era para os programadores. Podemos definir software de extensão como um programa de computador acessório feito para ser incorporado a outro software, o principal, a fim de reforçar ou estender as funcionalidades deste.

Microsoft-Spartan

Afinal, quem é o Spartan? Spartan será o novo programa disponibilizado pela Microsoft para navegação na Internet. E daí?, nada de novo nisso – diria você. Leitor, você está enganado, pois ele é inovador. Conjugue três fatores. Primeiro, Spartan será uma aplicação apenas Modern, ou seja, um programa escrito para a plataforma Runtime tão somente e que conjugará seu código fonte entre todos os equipamentos Windows: Surface, Lumia, Xbox!

Segundo, o Spartan utilizará o mesmo motor do atual Internet Explorer e não outro motor. Por que? Para possibilitar os desenvolvedores escreverem extensões para seu navegador de forma nativa, tudo em JavaScript. O motor do navegador Microsoft é JavaScript e a linguagem utilizada será JavaScript, ou seja, busca-se otimização de performance, o Spartan vai “voar baixo”, não na internet brasileira, mas isso é uma outra questão…

Finalmente, de forma inovadora, como o Windows Runtime oferece suporte nativo a aplicações escritas em linguagem JavaScript e as extensões para o Spartan serão apenas possíveis na mesma linguagem, já dá pra perceber, não? A partir das extensões do navegador os programadores poderão ampliá-las para aplicações universais aproveitando o mesmo código fonte. Ótima, não é mesmo? Com a possibilidade das extensões a Microsoft começa a responder aos desenvolvedores como esses poderão reescrever suas extensões para serem incorporadas aos programas. Entretanto, ainda falta muito. Como será a implementação de Shell na plataforma WindowsRT? Essa questão ainda continua sem resposta…

Mas… faltava a cereja da torta. Não falta mais! A Microsoft firmou parceria com a plataforma de desenvolvimento Apache Cordova. Assim, a partir do código fonte escrito em JavaScript será possível ampliá-lo para uma aplicação web não apenas para Windows como também para iOS e Android: um programa multi-plataforma. Fantástico!

Mas é preciso um novo navegador? Sim, é. A Microsoft tradicionalmente não permitiu extensões a seu navegador oficial, o Internet Explorer. O ambiente corporativo, centro das atenções da Microsoft, com finalidade de segurança, desenvolveu extensões apenas para quem os permitia: Mozilla Firefox. A Mozilla Application Suite permite a terceiros complementar esse excelente programa de navegação de internet, possibilitando a criação de extensões para serem partes do browser.

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É, o Spartan vem para disputar tal mercado com o Firefox.

Se você é funcionário público brasileiro e usa em seu trabalho algum sistema eletrônico em web Server você entende muito bem essa necessidade.

Então…  Spartan vem aí!

Adiante!