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A nova criptomoeda com o nome de Chia oferece uma mineração “verde” através de sistemas de armazenamentos.

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Trazendo uma nova forma de se minerar criptomoedas, o criador do BitTorrent criou a Chia, que segundo eles se coloca como uma opção mais “verde” em relação ao método tradicional.

O novo método usa espaços de armazenamentos para realizar os cálculos para a geração das criptomoedas. Dito isso, começou uma corrida na busca por sistemas de armazenamentos como SSDs e HDs, e que pode levar a uma escassez no mercado ou até mesmo aumentos consideráveis nos preços.

A nova moeda digital ainda não está disponível para as pessoas comuns poderem minerar. Porém, mineradores de criptomoedas chineses resolveram sair na frente e comprar uma grande quantidade de dispositivos de armazenamento. Essa prática pode ser o pontapé inicial para um eventual movimento generalizado, trazendo consigo uma grande demanda e falta de oferta.

O método tradicional para minerar criptomoedas

Hoje, a mineração das criptomoedas existentes no mercado é feita pelo sistema “proof-of-work”. Esse método de mineração funciona disponibilizando fragmentos da criptomoeda para cada um dos usuários que colaboram com uma parte do esforço. Esse esforço vem de máquinas para realizar os cálculos de qual seja a moeda em que estejam tentando minerar.

Com a explosão da popularidade das moedas digitais, mineradores começaram a comprar quantidades insanas de componentes de computadores para montar suas “centrais de mineração. Esse feito fez com que o mercado de placas de vídeo de beneficiasse ao mesmo tempo que jogava preços absurdos para o consumidor “comum”, já que a oferta era menor que a demanda por elas. Então se você não consegue comprar uma placa de vídeo para montar seu “PC gamer” por achar muito caro, a culpa pode ser das criptomoedas.

Com a pandemia do novo COVID-19, fabricantes de placas de vídeo do mundo todo começaram a procurar maneiras que coibir o uso de suas placas em mineração de criptomoedas. A falta de semicondutores e matéria prima fez com que a escassez ficasse ainda maior, logo as fabricantes não estavam conseguindo atender seus principais consumidores, clientes corporativos.

Em primeiro momento os preços de GPUs atingiram o cúmulo do insano, atingindo a casa dos 5 dígitos para os modelos mais novos do mercado. Mesmo placas mais velhas e defasadas acabaram por ter seus preços aumentados de uma forma ridícula. No mercado de placas usadas não está diferente, até mesmo placas já forçadas ao extremo com minerações de criptomoedas estão sendo vendida por preços absurdamente altos, e há quem as compre.

Com a pandemia, os preços no mercado geral de componentes eletrônicos ficaram extremamente altos. Com isso, preços de produtos não ligados diretamente, como gabinetes, teclados e mouse tiveram seus preços elevados. Até o momento, os preços de dispositivos de armazenamento estiveram “normal”, o que pode mudar em breve com essa nova criptomoeda entrando no mercado.

A Chia é a culpada

Sementes de chia (Crédito: Stacy Spensley/Flickr)

A startup chinesa Chia Network divulgou um manifesto, onde dizia que sua nova moeda digital se diferencia das demais já existentes por não usar o método padrão “proof-of-work” para a mineração da mesma. Ao invés disso, a Chia usa o conceito “proof-of-space”, que consiste em usar espaços de armazenamentos para a fazer a mineração. Segundo ela, quanto mais espaços, mais fragmentos serão gerados. Além disso, ainda de acordo com a manifesto, a nova criptomoeda pode resolver problemas de identificação que geralmente ocorre no método tradicional de mineração.

Bram Cohen, criador do BitTorrent, foi o responsável por trazer ao mundo a nova criptomoeda. Segundo ele, é uma alternativa “verde” aos métodos tradicionais de mineração de criptomoedas. O argumento é que sistemas de armazenamentos como SSDs e HDs consomem menos energia e produzem menos gases tóxicos do que as placas de vídeo que geralmente são usadas. Além disso, esses dispositivos são muitos mais baratos que placas de vídeos e podem aguentar muito mais tempo, gerando menos descartes no meio ambiente.

Embora a Chia ainda não esteja disponível para ser minerada por usuários comuns, é inegável que a invenção de Cohen já despertou o interesse de investidores em todo o mundo. A Andreessen Horowitz investiu US$ 3,4 milhões, podendo chegar a um capitar de até US$ 50 milhões. Tudo isso sem nem ao menos disponibilizar a criptomoeda para ser minerada no mercado padrão.

O mercado de criptomoedas é bem volátil, e vamos constantemente moedas virem e irem. Mas diferente do Bitcoin, por exemplo, um profissional respeitado está a frente de sua autoria, profissional este que já está sendo suportado por investidores que acreditam que a criptomoeda pode ser um sucesso antes mesmo de chegar ao mercado. Vale lembrar também que antes mesmo de estar disponível, a moeda virtual já inicial uma corrida por dispositivos de armazenamentos, colocando a Chia em um lugar de destaque.

De acordo com um site de informações de Hong Kong, mineradores estão aproveitando os preços baixos de SDDs e HDs para estocarem o máximo que conseguirem, garantindo vantagem sobre os demais assim que a moeda for disponibilizada. Outros já estão está com suas plataformas de mineração da Chia prontos só esperando.

Com a pouca oferta e a grande demanda iminente por dispositivos de armazenamentos, os preços logo estarão nas alturas. Coloque isso junto a falta de matéria-prima, temos um agravamento que pode influenciar ainda mais nos preços desses componentes.

Uso de arrays de HDs e SSDs para mineração pode se tornar comum (Crédito: EMC)

Os produtos relacionados a armazenamentos estão literalmente sumindo das prateleiras das lojas de componentes eletrônicos e e-commerce. Com isso, segundo informações, os preços já estão 130% mais caros, tanto para pessoas comuns (usuários finais) quanto para clientes corporativos. Os preços seguem aumentando à medida que a demanda fica maior, e a previsão é que até que a Chia seja disponibilizada no mercado, essa procura não irá para de aumentar.

A principal diferença que temos que frisar é a capacidade de minerar a Chia em computadores com baixa performance. No método tradicional, a performance do PC no qual você está fazendo a mineração importa muito, e por isso a procura por GPUs de última geração geralmente são usadas nesses PCs. Para o novo método de mineração usado pela Chia, tudo vai depender de quanto espaço de armazenamento você tem disponível para tal. Dito isso, podemos pensar que até mesmo um pendrive poderia ser usado para minerar a moeda digital (embora seja pouco provável que isso seja viável ou que alguém realmente tente esse feito).

Mesmo com a iniciativa ecológica que a criptomoeda promete trazer, tudo vai depender de onde tal energia está sendo provida. Hidroelétricas e termoelétricas, por exemplo, causam grandes impactos ambientais. Por fim, podemos dizer em primeiro momento que a Chia apenas servirá para dar conta dos últimos componentes acessíveis no mercado, fazendo com que montar um computador padrão seja muito mais caro do que era antes da pandemia. Se por acaso a criptomoeda se estabelecer como uma opção sólida no mercado, possa ser que você não verá um HD ou SDD novo em sua máquina por um bom tempo.

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