MS DOS: conheça o primeiro SO da Microsoft!

O MS-DOS (abreviação de Microsoft Disk Operating System) é um sistema operacional de linha de comando não gráfico de tarefa única e usuário único. Originalmente desenvolvido para uso com a primeira linha de PCs pessoais domésticos da IBM, o MS-DOS é um dos sistemas operacionais (SO) mais bem-sucedidos de seu tipo. 

Veja também o que é um sistema operacional!

Dessa forma, como SO, o DOS é simples, compacto e muito robusto. Isso tudo sem considerar a sua idade. Embora possa ter sido superado pelos mais novos e mais amigáveis SO de interface gráfica do usuário (GUI), o MS-DOS continua sendo muito usado por empresas e programadores independentes em todo o mundo.

O que é um Sistema Operacional?

O sistema operacional ou SO é o software básico de um PC. Dessa forma, ele agenda tarefas, aloca armazenamento e apresenta uma interface padrão para o usuário entre os apps. Além disso, as facilidades que um SO oferece e seu design geral exerce são duas influências muito forte nos apps criados para o PC.

Gary Kildall

A IBM precisava de um SO para o seu PC. No entanto, a Microsoft nunca havia escrito um SO antes. Dessa forma, Bill Gates sugeriu que a IBM investigasse um SO chamado CP / M (Programa de Controle para Microcomputadores). Esse SO foi escrito por Gary Kildall da Digital Research. 

Kindall tinha um Ph.D. em computadores e havia escrito o SO de maior sucesso da época, vendendo mais de 600.000 cópias do CP / M. Dessa forma, o SO chegou a ser um “padrão” na época.

IBM e História da Microsoft

Em 1980, a IBM abordou Bill Gates, da Microsoft, para discutir o estado dos PCs domésticos e o que os produtos da Microsoft poderiam fazer pela IBM. Dessa forma, Gates deu à IBM algumas ideias sobre o que “seria” um ótimo PC doméstico. Inclusive, uma dessas ideia foi gravar o Basic no chip ROM. 

Além disso, a Microsoft já havia produzido várias versões do Basic para diferentes sistemas de computador, começando com o Altair. Dessa forma, Gates ficou mais do que feliz em escrever uma versão para a IBM.

Uma História do MS-DOS

As origens do MS-DOS podem ser rastreadas até dois SO anteriores, o CP / M e o QDOS. Como já dito, o CP / M (Programa de Controle para Microcomputadores) foi criado em meados dos anos 1970 por Gary Kildall da Digital Research. Dessa forma, o CP / M era um SO de 8 bits. Além disso, ele foi um dos primeiros a ser amplamente utilizado na linha emergente de microcomputadores comerciais.

Já em 1980, Tom Paterson, da Seattle Computer Products, desenvolveu o QDOS (Quick and Dirty Operating System) para a nova unidade de processamento central (CPU) 8086 de 16 bits da Intel. O QDOS recebeu forte influência do CP / M, e foi aqui que a Microsoft entrou em cena.

Em 1981, a Microsoft comprou o QDOS da Seattle Computer Products, renomeando-o para MS-DOS 1.0 e oferecendo-o à IBM para uso em seus novos PCs pessoais. Em um movimento cauteloso, Bill Gates manteve a licença do MS-DOS e se tornaria o fator mais importante na mudança da Microsoft de um simples fornecedor de linguagens de programação para um gigante na indústria de software de PC. 

O sucesso do MS-DOS acompanhou diretamente a popularidade crescente do PC pessoal doméstico e permaneceu como a fonte de receita mais significativa da Microsoft, mesmo depois que a empresa começou a introduzir sua própria GUI na forma de MS-Windows.

A evolução de um Sistema Operacional

De muitas maneiras, o MS-DOS estabeleceu as bases para o sucesso contínuo da Microsoft e, ao longo dos anos, continuou sendo um foco de pesquisa e desenvolvimento. Dessa forma, de 1981 a 1997, ele passaria por várias revisões e aprimoramentos, resultando em várias iterações diferentes. Cada nova versão do MS-DOS construída sobre seu antecessor, evoluindo para atender às demandas de usuários leigos e programadores profissionais.

As primeiras revisões do MS-DOS abordaram a necessidade de unidades de disco rígido maiores, com suporte para vários diretórios, redes e caracteres externos e estendidos. Além disso, as iterações posteriores trariam suporte para várias partições de HDD, compactação e fragmentação de disco, gerenciamento de memória aprimorado e melhorias nas funções de edição de texto do SO. 

Por outro lado, as versões finais, MS-DOS 7.0 e 7.1, foram revisadas para integração com o mais novo SO da Microsoft, o Windows 95. O MS-DOS 7 eliminou diversos utilitários redundantes incluídos no SO Windows 95 e trouxe suporte para nomes de arquivo longos e o sistema de arquivos FAT32.

A Microsoft não usa mais o MS-DOS em nenhuma de suas iterações em seus SO primários, embora o Windows 2000 e o Windows XP contenham uma camada de emulação que permite a execução de programas MS-DOS, proporcionando assim compatibilidade com versões anteriores de software de estilo antigo.

Clones e Imitações

Com o passar dos anos, o sucesso do MS-DOS inspirou vários imitadores, e muitos dos chamados “clones” do SO foram lançados por desenvolvedores de software independentes e entusiastas da computação. Dessa forma, alguns dos imitadores mais notáveis ??incluem o DR-DOS, OpenDOS e FreeDOS. Muitos dos sistemas foram desenvolvidos e lançados como uma resposta direta ao anúncio da Microsoft de que estavam interrompendo o desenvolvimento do MS-DOS e não estariam mais dando suporte ao sistema com atualizações e revisões regulares.

De qualquer maneira, o mais bem-sucedido desses clones foi o FreeDOS.  Desenvolvido por Jim Hall em 1994, o FreeDOS é enxuto, robusto e oferece algumas melhorias em relação ao seu SO pai. Portanto, ele funciona em hardware legado, sistemas embarcados e inclui vários acréscimos à estrutura de comando não encontrados no próprio MS-DOS.

O Futuro do MS-DOS

Embora a última iteração do MS-DOS tenha sido lançada em 1997, o próprio SO ainda forma uma grande parte do cenário da computação moderna. Muitas empresas e programadores independentes ainda dependem do DOS para muitos apps integrados. O DOS sobrevive, em grande parte, pois é um sistema operacional altamente compacto e eficiente que apresenta um bom desempenho com o mínimo de manutenção necessária. Com os avanços contínuos em hardware (especificamente memórias maiores e CPUs mais rápidas), o MS-DOS e seus clones ainda têm muito a oferecer. Além disso, desenvolvimentos por amadores e programadores independentes como Jim Hall estão introduzindo novos e melhores utilitários e apps para o sistema, apesar do próprio desinteresse da Microsoft.

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