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Que o futuro da computação pessoal e empresarial passa pela Nuvem isso nós já sabemos, mas pelo visto a Microsoft quer ir muito mais além disso… a ideia é que a Nuvem também atinga em cheio o mercado de jogos e sua visão para esse segmento vai além do que o Xbox pode oferecer.

Não é de hoje que Microsoft e Sony brigam pela liderança desse mercado bilionário. Desde o lançamento do primeiro Xbox em 2001 que a Microsoft não parou de investir nesse setor. Cada ano os investimentos na divisão Xbox aumentam e as novidades surgem ano a ano, tanto que hoje o console de jogos mais poderoso do mundo é o Xbox One X, que oferece desempenho de até 6 teraflops, resolução 4K nativa em jogos selecionados, entre várias outros aperfeiçoamentos.

Principais vantagens do Xbox One X… mais conhecido como “The Monster”

Como o topo do hardware já chegou, o próximo grande passo será a Nuvem de jogos… já falamos sobre isso antes, quando revelamos o porquê da Microsoft ter comprado empresas pequenas como a PlayFab. A Microsoft tem planos para transmitir jogos pela internet via streaming, porém, o que faltou foi que a ideia é oferecer isso em dispositivos diversos e não só nos que rodam Windows, inclusive os consoles concorrentes, como o Playstation e o Switch.

E tem mais… se o serviço escolhido pelo usuário para rodar seu jogo via streaming não for um da Microsoft, não importa, pois a Microsoft deseja que o servidor onde o jogo está armazenado e rodando seja a Nuvem Azure, como é o caso de jogos como o Rainbow Six: Siege. Sobre esse game, para quem não sabe, não importa onde seja o multiplayer, PS4, PC ou Xbox, os servidores estão no Azure. Até mesmo o jogo móvel Black Desert usa máquinas e bancos de dados virtuais Azure. A ideia da Microsoft é aumentar ainda mais a quantidade de jogos que estão dentro da sua Nuvem.

Resultado de imagem para Rainbow Six: Siege multiplayer

Multiplayer roda na Nuvem Azure

Foi pensando nesse imenso e promissor negócio que a Microsoft criou uma nova divisão da nuvem de jogos. Ela é liderada por Kareem Choudhry, um veterano da Microsoft com 20 anos de casa e que trabalhou na engenharia do Outlook, DirectX e Xbox.

“Phil realmente queria uma equipe dedicada focada exclusivamente na nuvem de jogos”, diz Choudhry, em entrevista ao The Verge . “Essas foram conversas que começaram a acontecer no verão passado, e nós realmente começamos a criar a estrutura da organização no final do ano passado”.

Choudhry é um cara com a cabeça na Nuvem, pois, sua visão sobre o futuro sem dúvida está alinhada com a visão da empresa e de seu CEO, Satya Nadella. Inclusive o chefe do Choudhry, Phill Spencer, chefe da divisão Xbox, responde diretamente a Satya Nadella, daí podemos entender como esse negócio tem futuro, pois, a visão é a mesma em toda a hierarquia.

“Nós acreditamos que haverá 2 bilhões de jogadores no mundo, e nosso objetivo é alcançar cada um deles”, explica Choudhry.

Alcançar como? Atraindo todos para dentro do universo Xbox, ou fazendo com que os jogos das plataformas concorrentes rodem na Nuvem Azure, promovendo o Cross Play ou ainda oferecendo um serviço como o Xbox Game Pass para além do Xbox. Foi isso mesmo que você leu… a Microsoft também tem planos para levar o Xbox Game Pass para além do Xbox e Windows 10.

Falando nele, Choudhry confirmou ao The Verge que o serviço anda muito bem obrigado. Muito disso tem relação com a decisão da empresa de lançar seus principais título dentro do serviço de assinatura. O primeiro dessa leva é o Sea of Thieves, que será oficialmente lançado amanhã (dia 20/03/2018), tanto na Microsoft Store para compra, como no varejo e estará disponível para download para assinantes do Xbox Game Pass. Muitos ainda virão, como o próximo Gear of Wars e o Halo. Esses exclusivos poderiam, um dia, quem sabe, rodar em dispositivos fora do Xbox e Windows 10, até mesmo no Playstation da Sony por meio de um aplicativo do serviço, mas isso ainda são apenas planos e não algo oficial.

Sobre isso Choudhry disse:

“Continuamos acreditando na escolha do usuário, e também acreditamos que há espaço na indústria para uma assinatura de jogos e é isso que vamos construir. Estamos procurando formas de disponibilizar esse conteúdo para qualquer pessoa, não importa o dispositivo em que estejam”, concluiu ele.

A briga será das boas, a começar pelo Playstation Now, hoje disponível apenas para PS4 e PCs com Windows 10. Tem ainda a plataforma da Nvidia, a GeForce Now, sem falar na Steam, é claro… porém, essa última ainda não é uma plataforma de assinaturas de jogos, mas não duvide que ainda será um dia…

O fato é que o esforço para tornar a Microsoft a líder mundial de serviços em Nuvem é uma tarefa contínua, cheia de desafios e muita, mas muito ousada mesmo, até para a Microsoft. Dinheiro parece não ser um problema, então, veremos o que futuro nos reserva.