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O título parece remeter a um projeto maluco e sem fundamento algum, mas a ideia é real e será posta em prática em alguns anos. O projeto se chama Wi-Fly, nome bastante sugestivo, dado ao fato da ideia ser levar internet a locais remotos do planeta, de difícil acesso ou com poucos recursos, fazendo uso de um aparelho preso na asa de aviões comerciais.

Ai você pode perguntar: como eles farão isso? A chave está nas bandas Ka e Ku já existentes. A conexão será provida por meio de satélites que utilizam essas bandas. O avião recebe esse sinal e retransmite ao solo pelos roteadores posicionados nas asas. O hardware fica ligado ao ADS-B, um sistema de rádio complementar ao radar usado para a vigilância das aeronaves. Um equipamento em solo detecta o sinal ADS-B transmitido à distância por um avião e, a partir deste processo, consegue enviar e receber dados.

O projeto da Microsoft é muito promissor, mais até do que projetos semelhantes, como é o caso do Projeto Aquila do Facebook, que faria o mesmo, mas usando drones movidos a energia solar, ou ainda ao Projeto Loon da Google, que contaria com balões lançados na atmosfera.

O Wi-Fly fará uso de equipamentos baratos e aproveitará as rotas de aviões comerciais já existentes. Claro que nem tudo é perfeito e a internet só estaria disponível em alguns momentos do dia, muito provavelmente no horário comercial que é quando há mais aviões em trânsito, porém, é irrefutável o fato de que essa tecnologia tem muito a oferecer.

O recurso poderia alcançar um número ainda maior de pessoas caso fosse inserido nos mais de 10 mil voos simultâneos realizados por dia. Algumas rotas também poderiam ser modificadas para favorecer os lugares mais distantes.

Local do posicionamento do roteador na asa de um avião comum

O Wi-Fly está em fase de testes, mas ainda não tem data para ser oficialmente lançado. Até o momento, ele parece ser um dos projetos mais inovadores e plenamente viáveis para oferecer internet em locais remotos, de difícil acesso ou com poucos recursos que surgiu nos últimos anos.  

Fonte: Microsoft