Clique e receba as novidades quentinhas no Telegram

Recentemente a Microsoft foi alvo de uma denuncia que partiu do pessoal Kaspersky, na qual eles acusavam a Microsoft de desativar/bloquear antivírus de terceiros no Windows 10, logo após o software passar por uma atualização, o que configuraria abuso de poder por ela estar numa posição dominante. Redmond terminou admitindo que isso era verdade, porém, a desculpa para fazer isso é bem plausível.

Em uma publicação num dos blogs oficiais da empresa, inusitadamente sincera, Rob Lefferts da Microsoft explicou:

“Criamos o Windows Defender (Antivírus nativo do Windows 10) para fazer uma promessa aos nossos clientes de que todos os dispositivos com Windows 10 sempre teriam proteção contra vírus e malwares … nossos resultados em testes mostraram que o Windows Defender está no topo do setor entre os demais líderes no quesito segurança, incluindo testes recentes no mundo real onde o Windows Defender obteve mais de 99% de taxas de detecção.”

A publicação continua e eles admitem que, sim! o Windows Defender desativa o software antivírus de terceiros se houver um risco de uma atualização para o Windows que impeça o antivírus de trabalhar da maneira correta, conforme programado.

“Para fazer isso, primeiro desabilitamos temporariamente algumas partes do software antivírus quando a atualização começa. Nós fizemos esse trabalho em parceria com o parceiro do antivírus para especificar quais versões do seu software são compatíveis e onde direcionar os clientes após a atualização”, disse Lefferts.

Depois de muita polêmica, a Microsoft parece ter entrado em um acordo com a Kaspersky ao ponto de que a empresa vai retirar as queixar formalizadas a Comissão Europeia. Na verdade a MS foi muito mais além do que promover um acordo unilateral com a Kaspersky… ela avisou que vai implementar mudanças no sistema comentado acima ao ponto de que empresas do ramo de segurança eletrônica que desenvolvem antivírus para Windows 10 possam emitir seus próprios alertas e avisos de expiração de licenças por meio de notificações para os usuários. Isto significa que as notificações não se limitarão apenas a aparecer na Central de Ações, mas sim, também haverá a possibilidade de fixa-las lá ou serem exibidas em outros locais.

Eugene Kaspersky, atual CEO do Kaspersky…

Comunicado oficial da Kaspersky:

“Os usuários merecem ter plena consciência e real controle do que está realmente acontecendo em seus dispositivos com relação a sua segurança, agora a Microsoft lhes dá esse controle.”

Além disso, a promessas da Microsoft para que empresas de AV possam trabalhar mais de perto com ela, afim de antecipar mudanças necessárias nos softwares, tudo visando evitar as chamadas “incompatibilidades” citadas no comunicado oficial da empresa para quando o Windows 10 for atualizado.