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Em um pronunciamento feito na SPTV, o novo prefeito eleito da cidade de São Paulo, João Doria, anunciou que irá expandir ainda mais o Projeto Detecta, conectando outras 970 câmeras espalhadas pela cidade ao COPOM (Centro de Operações da Polícia Militar) da cidade que faz uso dessa tecnologia.

Segundo ele, não haverá custo algum com relação a essa expansão, isso porque tudo foi feito por meio da continuidade da parceria da PM do estado com a Microsoft, a qual pertence a tecnologia do Projeto Detecta, e com a qual a PM já havia firmado parceria anteriormente quanto ao uso dessa mesma tecnologia.

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Lançada na edição de 2014 da Laad, a divisão de Justiça e Segurança Pública na Microsoft Brasil integra um programa global de cidades sustentáveis da companhia, o CityNext, que inclui países, como Estados Unidos, França, Alemanha, Rússia entre outros. A iniciativa prevê o uso de tecnologias como big data, computação em nuvem e mobilidade para aprimorar a qualidade de serviços públicos, entre eles os de segurança.

Em 2015, a unidade foi responsável pelo desenvolvimento de um sistema inteligente de monitoramento criminal para o Governo do Estado de São Paulo, que é justamente o Detecta.

O Detecta é baseado no sistema que foi implementado na prefeitura de Nova York e que utiliza tecnologia de ponta para aprimorar o trabalho policial. Trata-se de um mecanismo capaz de reunir informações e dados de câmeras de segurança, leitores de placas de carro, mandados de prisão, medidas cautelares, furto/roubo de veículos, furto/roubo de placas de veículos, veículos, condutores, detectores de radiação, ligações de emergência, boletins de ocorrência, históricos criminais e diversas outras bases de dados de segurança pública e defesa social. O sistema, batizado de Domain Awareness System (DAS), permite o acesso rápido e a correlação entre dados que antes não estavam interligados e demoravam dias, semanas e até meses para serem reunidos por investigadores.cameras

Como nos buscadores de sites, a solução faz a indexação de grandes quantidades de informação policial e faz associações automáticas entre esses dados. As informações coletadas pelo Detecta, que podem ser características de um suspeito coletada por câmeras de monitoramento ou a forma como um crime foi praticado, são associadas a partir de semelhanças entre elas. Além disso, o sistema permite que informações de diversos bancos de dados sejam filtradas de uma forma pré-estabelecida para que seja emitido um alerta sobre crimes, como por exemplo: um veículo sendo abordado ou monitorado por um leitor de placas será cruzado com mandados de prisão expedido contra seu proprietário, registros históricos de BO, ligações no 190 entre outras ocorrências.

A ferramenta oferece essas funções porque une as tecnologias mais modernas na área da computação: Big Data, que armazena e processa grandes quantidades de informações, e business intelligence, que permite processar informações para finalidades determinadas previamente, como no caso dos alarmes.

Apesar de ser um sistema de alta tecnologia, o seu uso será fácil para o usuário final, neste caso o policial. A ferramenta dispõe as informações de forma intuitiva e, sempre que possível, localizadas em um mapa. O acesso ao sistema poderá ser feito por meio de computadores, notebooks, tablets e smartphones, mas com comando a partir dos Centros de Comando e Controle, como o COPOM (Centro de Operações da Polícia Militar), do Cepol (Centro de Comunicações e Operações da Polícia Civil) e do Ciisp (Centro Integrado de Inteligência de Segurança Pública). O Sistema foi desenvolvido para suportar bilhões de informações e documentos e milhares de usuários em qualquer tipo de dispositivo quer um vídeo-wall, desktop, tablet ou smartphones.

Fonte: Microsoft e Facebook