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Em dezembro do ano passado, a Microsoft e a Qualcomm anunciaram ao mundo a chegada dos Computadores Sempre Conectados. Eles são equipados com chipsets da linha Snapdragon da Qualcomm, que são processadores com arquitetura ARM, porém, mesmo assim ainda conseguem executar o Windows 10. Na verdade é uma nova versão do Windows voltada especificamente para esse tipo de processador.

Quando falamos computadores sempre conectados é porque o chip da Qualcomm já oferece conexão com redes móveis de forma constante, tal como acontece com um smartphone qualquer, então, seu laptop passará a estar sempre conectado a uma rede móvel ou wi-fi. O foco dessas máquinas é conexão constante com a internet, menor custo de produção e comercialização do que os PCs tradicionais com processadores tradicionais, maior segurança, nova cultura de trabalho, maior eficiência e velocidade na hora de sair do modo standby e, principalmente, maior autonomia de bateria.

A partir disso, e diante das recentes descobertas das graves falhas de segurança conhecidas como Meltdown e Spectre nos chips da Intel, muitos “especialistas” começaram a construir o caixão da Intel. Muitos apostam que a empresa vai falir, porém, a contragosto de tais “especialistas”, a tradicional empresa de chips fechou seu último trimestre com aumento nos lucros e está longe de desistir do mercado em favor da Qualcomm. A Intel já começou a se “armar” para enfrentar sua concorrente compatriota.

Segundo informações obtidas pelo TechRadar, a empresa está trabalhando com a Dell, HP, Lenovo e com a própria Microsoft para lançar modernos Laptops sempre conectados que serão alimentados pelo seu modem XMM 8000, que oferece conexão com redes 5G. Tais dispositivos devem chegar as prateleiras no segundo semestre de 2019.

De forma mais ampla, a ideia da Intel é tirar proveito do desempenho do seu modem 5G em termos de entrega de experiências de jogos on-line high-end, bem como de streaming de vídeo pesados e ainda assim oferecer uma experiência completa de realidade virtual.

O grande problema da ideia da Intel pode esbarrar no custo, afinal, as OEMs vão precisar pagar pelos processadores, que não são nada baratos, e ainda pelo modem 5G, enquanto a solução da Qualcomm traz um chipset integrado (processador, placa wi-fi e placa de rede móvel) que sem dúvida custa bem menos que o conjunto da Intel. Quem sabe a ideia da Intel seja focar em consumidores que querem ou precisam de mais desempenho, afinal, mesmo sem ainda ter tido acesso a dados de benchmarking concretos e comparativos entre chips da Intel e da Qualcomm rodando o Windows 10, possivelmente os hardwares equipados com os modelos da Intel devem ter um desempenho superior. Então, a briga poderia ser resolvida com o foco em nichos de mercado.

MMOGs, modems e automóveis autônomos

A empresa observou: “Imagine ser capaz de continuar participando de um jogo multijogador enquanto você senta em um veículo autônomo no caminho da aula. Radicalmente diferente “.

A Intel também mostrará as últimas etapas que tomou com a tecnologia e-SIM no MWC, e a empresa observa que, a partir de setembro do ano passado, todos os seus modems suportam o e-SIM nos mundos do consumidor e das empresas.

E sobre conexões Wi-Fi, a empresa está preparada para mostrar um PC ultra-fino que possui conectividade 802.11ax, que é o próximo grande passo para o Wi-Fi. O novo padrão não só promete velocidades de Wi-Fi mais rápidas, como também promete melhorar o desempenho em ambientes lotados onde há muitos sinais sem fios concorrentes (ou seja, blocos de apartamentos).

A visão da Intel é oferecer dispositivos sempre conectados a redes móveis de alta velocidades e múltiplos ambientes com conexões de alta velocidade sem fio, mesmo que haja muitas pessoas. Não há como negar que a Microsoft também tem muito interesse nessa direção tomada pela Intel.