Não faz muito tempo que dissemos aqui que os tablets mais cedo ou mais tarde deixariam de ser tão desejados. O motivo sempre foi o mesmo: as pessoas ou preferem algo mais “fácil de levar”, como um smartphone, ou querem algo que dê para trabalhar, como um Notebook ou ainda como os jaz “ex-famigerados” Netbook. Os tablets pareciam ser uma boa opção nesse meio termo, especialmente depois do iPad da Apple virar um objeto de desejo por muitos.
A questão é que até o começo deste ano a oferta de tablets em todo o mundo cresceu de uma forma espantosa, mas, com já era de se esperar, esse segmento vem sofrendo uma enorme retração. O IDC mesmo registrou uma queda de 8,1% no volume de vendas em 2015 com relação ao mesmo período do ano passado.
Depois do iPad o mercado ficou saturado de tantos tablets com Android que foram abruptamente colocados à venda. Modelos de todos os tipos e tamanho para todos os gostos e preços. Para variar, a insatisfação veio depois de alguns anos com o abandono de milhares de modelos por parte de suas fabricantes que os deixaram morrer como versões super atrasadas do Android. Tem até diversos modelos com Windows 8.1, como o Lenovo TinkPad 8 ou o CCE TF74W. Sem dúvida a Apple lançou uma tendência, mas que durou pouco. Agora o que as pessoas querem são os modelos conversíveis.
Vimos dezenas desses modelos conversíveis com Windows no evento que a Microsoft fez aqui em São Paulo em outubro (nós estávamos lá, relembre aqui). A Acer, Lenovo, DELL, e tantas outras parecem já ter lido o relatório do IDC desde aquela época e lançaram novos modelos que podem hora funcionar como um tablet hora como um notebook, por isso o nome conversível.
Neste caso quem deu uma super ajudinha foi a criação da Microsoft, o tablet Surface, que desde sua primeira versão seu foco sempre foi: produtividade + interatividade + versatilidade. Princípios básicos dos conversíveis.
O sucesso do Surface foi tanto que forçou a Apple a seguir seus passos até o lançamento do iPad Pro, que nada mais é do que um iPad gigante com itens de produtividade inspirados no Surface da MS, porém, que ainda roda um sistema criado e desenvolvido para dispositivos mobile, como um smartphone, afinal, ele roda o iOS, que passou a existir em função do iPhone, enquanto o Surface roda o Windows Full.
Claro que os Phablets também deram uma mãozinha para prejudicar as vendas dos tablets, haja vista que existem smartphones com telas de 6 polegadas e tablets com telas de 7. As fabricantes sem dúvida preferem vender Phablets do que Tablets, porque os preços são bem maiores, e isso corrobora também.
O Surface Pro 4 lançado esse ano só chegou para completar ainda mais essa tendência dos conversíveis que devem ser a próxima “onda” do momento. Os Tablets não vão morrer ou coisa do tipo, até porque as crianças os adoram e os pais mais ainda (se é que me entendem), porém, os conversíveis devem ser os novos Notebooks e Tablets do futuro, só que tudo ao mesmo tempo.
Fontes: Wall Street Jornal
Obg ao Mark Wellington pela dica 😉
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