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Para quem ainda não está sabendo, a Microsoft vendeu boa parte de sua divisão mobile para uma subsidiária da Foxconn, o que resultará na demissões de mais de 1850 funcionários da antiga Nokia, 1350 só na Microsoft Oy na Finlândia, terra natal da Nokia.

nokia finlandia

Por falar na Finlândia, o governo desse país ficou indignado com a “novidade” da Microsoft e em nota oficial a revista Reuters, disse:

A Microsoft disse que vai continuar desenvolvendo a plataforma Windows 10 Mobile e que vai apoiar os seus smartphones Lumia, mas não teceu nenhum comentário sobre como irá desenvolver novos telefones Windows.

O ritmo consistente de demissões na ex-Nokia, sem nenhum emprego para substituí-los, contribuiu para uma desaceleração econômica no país, que costumava estar na vanguarda da pesquisa de smartphones. A nota continua:

O declínio do antigo negócio de telefones da Nokia e da falta de empregos de substituição é a principal razão para a atual estagnação econômica da Finlândia.

De fato, o caso dos finlandeses que trabalhavam para a Nokia é bem complicado. Praticamente no mesmo nível das centenas de brasileiros que sofreram com o fechamento da Planta de Manaus no ano passado que foi vendida para a Flextronic. Ainda bem que por aqui boa parte deles foi reaproveitada pela nova dona da planta.

Além do governo Finlandês, o próprio presidente da Nokia, Risto Sililasma, soltou a seguinte nota no Twitter sobre esses mesmo assunto:

Risto Siilasmaa, presidente da Nokia e da F-Secure

Risto Siilasmaa, presidente da Nokia e da F-Secure

Entristecido pelo anúncio da Microsoft sobre suas operações móveis. Assim como eu sabia com certeza que a venda de aparelhos era uma obrigação da Nokia lá em 2013, eu desejei sucesso a Microsoft de todo meu coração. O mercado merece ter um terceiro ecossistema. Nosso pessoal que foi transferido [na venda da Nokia para a gigante de Redmond] merecia ganhar. O talento e a perseverança [desses funcionários] durante dificuldades deram a eles o direito de ganhar. Eu estou profundamente triste de não ter dado certo”, disse Risto Sililasma, presidente da Nokia, em sua conta no microblog.

Inclusive toda essa negociação deve permitir que a Nokia volte a ser uma marca emplacada em telefones celulares e smartphones, porém, como dissemos no começo, quem produzirá tudo não será a Nokia, mas sim, uma subsidiária da Foxconn. A tal empresa comprou da Microsoft a licença para usar a marca Nokia nas costas, assim como boa parte da infraestrutura física de suas instalações produtivas.

Somado a tudo isso, hoje tivemos acesso a informação de que o Brasil não está entre os países-alvo da Microsoft quando o assunto é seu próprio hardware. Isso também é muito ruim para nosso país, tanto economicamente, como também com relação as opções de sistema operacionais disponíveis. Da forma que pode ficar não teremos uma terceira opção. A Microsoft precisa repensar seus planos imediatamente. Tudo bem que um conselho vindo de alguém da Nokia não deveria ser levado muito em consideração, já que a antiga líder mundial do mercado de telefones, chegou no fundo do poço ao ponto de ter que vender sua divisão Mobile para a Microsoft para não abrir falência.

Fontes: Windows Central e TudoCelular