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A próxima grande atualização do Windows 10, conhecida como Fall Creators Update, irá começar a trazer uma das maiores mudanças visuais do sistema deste sua origem. Hoje, você vai saber um pouquinho mais sobre o Fluent Design!

Antes de tudo é importante saber duas coisas:

  • Primeiro:  Apesar de frisar q esta é uma grande mudança no visual do Windows, a mudança não será tão brusca quanto foi com a introdução da Interface Metro no Windows 8, então, fique tranquilo, pois não será necessário nenhuma curva de aprendizagem para se adaptar aos novos “recursos” que estão chegando;
  • Segundo: Como falamos agora há pouco, esta interface vai COMEÇAR a chegar no Windows 10, ou seja, nem todo o sistema irá adquirir os elementos que iremos citar mais pra frente de uma só vez. Alguns já chegaram e estão disponíveis para todos os usuários, mesmo que esteja utilizando apenas a Atualização para Criadores, outros irão chegar apenas com a Fall Creators Update e, por fim, alguns outros elementos irão chegar apenas em futuras atualizações.

Tendo isso em mente, vamos começar a explicar o que é exatamente do Fluent Design.

De acordo com as próprias palavras da Microsoft, o Fluent Design, ou Design Fluido, “é um design dinâmico, escalável e universal“. Basicamente uma experiência mais moderna do Windows que pode funcionar em todos os seus dispositivos . Isso soa familiar não acham? Seria essa a tal Metro 2.0 que ouvíamos falar anos atras? Quem sabe…

Mas, ao contrario da interface metro, que priorizava o minimalismo e simplicidade nas coisas, o Fluent Design vai um pouco mais além disso, tentando criar uma identidade visual mais unificada.

Os rumores dessa mudança de interface começaram a surgir logo nas primeiras versões da Redstone 3, que hoje conhecemos como Fall Creators Update (Se quiser entender o que estes nomes significam, clique aqui).

Nessas primeiras builds, foram encontrados alguns novos códigos no sistema que indicavam que alguma alteração visual estava à caminho. Esses códigos eram referente a algo chamado de Project Neon, e não demorou muito para que vazassem algumas imagens internas da Microsoft mostrando o que seria esse tal Projeto Neon. Esse nada mais era do que o codinome interno que a Microsoft utilizava para tratar da nova interface enquanto ela não era anunciada oficialmente.

Mas, foi no dia 11 de Maio, durante o evento BUILD 2017, que ela finalmente anunciou oficialmente o Fluent Design System, que será a interface adotada pelo Windows daqui pra frente (lembrando que quando falamos “Windows”, isso inclui todas as versões dele, seja ela para PCs, Tablets, Smartphones, HoloLens e até Xbox! Sim, o Xbox roda Windows!)

Basicamente o Fluent Design é formado por 5 elementos principais, seriam eles: Luz, Profundidade, Movimento, Material e Escala, cada um com uma função especifica que no final cria essa nova interface que estamos falando aqui e agora. Para você entender bem isso,  vamos explicar o que cada um destes elementos fazem.

Luz (light)

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Citaremos aqui a descrição que a Microsoft usa para representar este elemento: “A luz tem uma maneira de atrair nossa atenção. É caloroso e convidativo; É fluido e proposital. A luz cria atmosfera e um senso de lugar, e é uma ferramenta prática para iluminar a informação. (fonte: fluent.windows.com)”

Com isso a gente pode afirmar que o elemento da luz serve justamente para trazer mais foco para os locais onde estamos interagindo, vocês podem ver isso na pratica em varios aplicativos e locais do sistema que mostramos aqui no site. Quando você passa o ponteiro do mouse sobre alguns  locais, é como se uma luz acompanhasse o ponteiro, iluminando a interface, e trazendo um efeito bem bonito, e no momento que você clica ali, tambem existe uma resposta visual com este efeito. Mas a utilidade principal disso é aplicada em sistemas que não possuem um ponteiro para interagir, como por exemplo o HoloLens. Com essa função, é possivel imaginar que pra onde você olhar, o local será iluminado, indicando que o foco de sua atenção está naquele local.

Profundidade (Depth)

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O Segundo elemento é a Profundidade. Vamos novamente a descrição da Microsoft: Pense no quadro que contém suas informações. Agora, separe-o e reinvente como as coisas se relacionam entre si em um ambiente físico, mas em camadas. É assim que vamos manter as pessoas em seu fluxo – dando-lhes mais espaço.

O conceito de interface com profundidade não é algo novo, a Google já faz algo parecido com o Material Design utilizado no Android. Essa função permite que os aplicativos posam ter camadas que moldam a interface como um todo, permitindo criar efeitos bem dinâmicos e orgânicos, mantendo foco onde é mais necessário, já que uma parte do programa acaba se destacando mais dos restos do menu dele por exemplo. Atualmente você pode ver isso no aplicativo do OneNote do Windows 10, onde é possível notar que a pagina principal está sobrepondo as guias de anotações, que por sua vez sobrepõe os blocos ou cadernos. Na loja também podemos ver a profundidade trabalhando de uma forma um pouco diferente, onde alguns elementos mais próximos do  usuário se movem mais rápido ao rolar a pagina, enquanto elementos que estão mais distantes, se movem mais lentamente.

Profundidade aplicada na Microsoft Store

Movimento (Motion)

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O terceiro elemento é o Movimento: Essa parte nada mais é do que as animações dos aplicativos e da interface.

Se reparar bem, ainda no próprio exemplo do OneNote é possível ver uma animação que se destaca das outras animações que tínhamos no sistema. Perceba que ao expandir o menu de blocos, as páginas ao lado se movem gradativamente para o lado, de uma maneira bastante orgânica e natural, ao contrario do deslocamento chapado e rígido que tínhamos antes. Isso é graças ao elemento “Movimento” do Fluent Design. O Groove Music também trabalha esse elemento de uma forma bastante natural.

Material (material)

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O quarto elemento é o Material. Pelo que andamos reparando, talvez esta seja a parte que mais confunde a maioria dos usuários. Ele permite simular materiais e texturas na interface dos aplicativos. 

Quando dizemos que essa parte confunde os usuários, é porque tudo isso lembra bastante a interface Aero Glass que foi implementada no Windows Vista e melhorada no Windows 7, mas existem algumas diferenças aqui. Na interface Aero Glass, como o próprio nome já diz, a intenção era simular o efeito de vidro transparente em seus aplicativos, mas não necessariamente algo totalmente transparente. Já no Fluent Design a Microsoft adotou o material de acrílico para criar estes efeitos translúcidos, o que é diferente do vidro, apesar de lembrar bastante, sem contar que em momento algum a Microsoft informou que apenas o Acrílico pode ser utilizado aqui, o que pode indicar que outros elementos e efeitos possam acabar surgindo em breve.

Outra diferença é que alem de ser mais texturizada do que o Aero, o Acrílico permite que o efeito translúcido seja aplicado por toda a extensão do aplicativo, ficando à cargo do desenvolvedor escolher onde aplicar ou não esse efeito. Já no Aero Glass a coisa era bem mais limitada, trazendo o efeito basicamente na barra de titulo dos programas e aplicativos, ou alguns menus bem específicos do sistema apenas.

Escala (scale)

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E por ultimo, o elemento Escala. Ele nada mais é do que uma evolução do conceito de Interface Moderna que a Microsoft utilizava até pouco tempo atras.

Basicamente ela quer dizer que todas essas características que citamos anteriormente possam rodar em qualquer aplicativo, em qualquer tamanho, em qualquer dispositivo, seja ele em 2 ou 3 dimensões. Isso significa que não importa se você esta usando um computador comum como estes q você tem em casa, ou um computador holográfico, que projeta elementos 3D no mundo real para interagir com o digital, pois o conceito básico de interface vai ser o mesmo para todos, criando uma identidade visual única do sistema.

À essa altura você deve estar se perguntando: Beleza, eu já entendi exatamente o que é o Fluent Design, como ele é formado e o que compõe ele, mas, e aí? Quando isso vai estar disponível para mim? Quando é que eu vou poder mexer com todas essas mudanças gráficas que vocês citaram?

Então… lembram no início do texto, onde falamos que essa nova interface está COMEÇANDO a chegar no sistema agora? Pois bem, ela não vai chegar toda de uma vez. Não vai ter uma atualização especifica que irá trazer todas essas alterações de uma vez, e o motivo pra isso é até bastante simples:

Como vocês sabem, o Windows 10 passou a ser um serviço (clique aqui para entender isso melhor) e como as atualizações são bem frequentes, é bem difícil conseguir trazer uma mudança tão grande de uma só vez, em um sistema que é tão grande, e tem tantos menus, janelas, botões e interfaces diferentes em tão pouco tempo. Sem contar os aplicativos nativos que são vários. Antigamente as mudanças de interface eram bastante diferentes de uma versão do Windows para outra, por que demorava cerca de 3 anos para essa atualização sair. Hoje em dia, as atualizações chegam em questão de meses.

Mudanças levam tempo!

É por isso que o Fluent Design vai chegar aos poucos! Ou melhor, ele já chegou! Alguns aplicativos nativos do sistema, como por exemplo o Groove, Fotos, Filme e TV, e outros, já possuem alguns destes elementos como o Acrílico, Luz etc., mesmo em computadores que estão utilizando uma versão mais antiga do Windows10.

Com a próxima grande atualização Fall Creators Update, que vai começar a ser liberada oficialmente no dia 13 de Outubro, alguns destes elementos passarão a fazer parte do próprio sistema em si, PORÉM, não nele inteiro. Outras alterações virão nas próximas atualizações do Windows. Isso é algo que será trabalhado à longo prazo e tem muito chão pela frente até que o Windows seja completamente remodelado, pois, como falamos, antigamente levavam cerca de 3 anos para aplicar esse tipo de alteração, dessa forma, é bem provável que esse seja o tempo que vamos levar para que todo o sistema adote a nota interface. A diferença é que agora ela irá ser disponibilizada em ondas, ou seja, aos poucos. A Própria Redstone 4 que já está sendo testada, inclusive tem videos sobre ela aqui no site, já trouxe alguns elementos de interface para o sistema que só vão chegar pro publico geral em meados de 2018.

Então, caro leitor, vamos ser pacientes. Não adianta querer que tudo mude de uma vez só, porque dá ultima vez que a Microsoft tentou algo assim não deu muito certo, lembra? Vamos com calma. Sei que muitos de vocês gostam de mudanças e nós adoramos coisas novas chegando no sistema. Principalmente em respeito a interface, mas o grande público tem uma rejeição muito grande com isso e se o impacto for muito grande, vai dar problema… Né?