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Para quem ainda não sabe, a Motorola, ou sua divisão mobile, já não existe há anos em sua forma original. Ela já foi da Google e agora pertence a gigante chinesa Lenovo. Só um adendo… anos atrás a Lenovo também comprou a divisão de PCs da IBM, e isso a tornou mundialmente famosa. Ela levou até a CCE aqui no Brasil, mas depois voltou atrás de desfez o negócio.

Hoje, a Lenovo ganha muito dinheiro vendendo Tablets e Smartphones e é uma das maiores fabricante de PCs do mundo. No Brasil, seu maior sucesso no segmento mobile são os smartphones da linha Moto com Android (Moto E, Moto G, Moto X, Moto Play, etc), que ainda levam a marca Motorola nas costas, mas isso por pouco tempo. Rick Osterloh, chefe de operações da Motorola, disse durante a CES 2016 que a empresa irá eliminar aos poucos a marca Motorola dos seus dispositivos. Tudo passará a se chamar apenas “Moto“.

Lenovo-Motorola

O nome simplificado sempre foi usado pela própria Motorola em seus tempos de glória, com a famosa chamada “HelloMoto”, quando ainda sonhávamos em comprar um Motorola V3 prateado ou dourado. A ideia é sempre fazer referência ao nome da empresa, colocando algo como: Moto by Lenovo. Dessa forma, a empresa pretende se tornar uma referência no mercado mobile, tal como é no mercado de PCs, deixando de lado qualquer ligação com a Motorola. É como se eles quisessem sobrepujar a antiga marca colocando a sua no lugar.

Isso pode ser uma porta para o Windows 10 Mobile, tendo em vista que a Lenovo tem uma excelente relação com a Microsoft e já chegou a cogitar a possibilidade de lançar um modelo com Windows 10 Mobile, quando por meio do seu vice-presidente geral da Cia na Europa, o Sr. David McQuarrie, falou:

A Motorola tem um marketshare entre 2% e 3.5% no Reino Unido, ou seja, uma base pequena. Nós sabemos que este mercado é dominado por dois grandes players. Nós também sabemos que a Motorola tem uma marca forte que foi bem trabalhada no passado, e nós estamos focados em reviver esta marca. Há um processo de avaliação sobre quais plataformas devemos oferecer. Nós somos um grande parceiro da Microsoft em PCs, tablets e servidores, e continuamos a avaliar todo o ecossistema. Se fizer sentido, vocês poderão ver um Windows Phone feito por nós”.

Quando a Motorola estava sob a tutela da Google isso era impensável, mas agora nas mãos da Lenovo, e ainda mais sem o legado da Motorola, quem sabe…

O que vemos aqui também é o fim de mais um enorme legado, tal como foi com a Nokia. Ambas as empresa eram rivais nos tempos em que se comprava aparelho celular pela marca e não pelo sistema operacional. E com o recente anúncio da Blackberry que deixará seu S.O. proprietário em segundo plano, vemos como o Android vem consumindo tudo e todos.

Essa imagem é apenas uma montagem

Essa imagem é apenas uma montagem

Desde seu surgimento em 2007 (lançamento do Android da Google) que vimos diversas empresa abandonando seus sistemas operativos proprietários em pró do Android. A LG, a Samsung, a Sony, e tantas outras fizeram a migração logo cedo e aproveitaram a onda para ganhar dinheiro e se manter no negócio. A Nokia foi numa direção contrária e nova, que foi o Windows Phone, e se quebrou; A Blackberry manteve seu S.O. e deu no que deu; a Motorola migrou para o Android logo cedo, porém, uma grande crise provocada pela enorme concorrência a levou a queda e posterior venda para a Google, até a Sony já cogitou abandonar o segmento mobile.

Como sabemos que a quem defenda que isso é bom, vamos deixar bem claro que não é. A morte da concorrência nunca é favorável para o consumidor final. Se um dia tudo for Android, quem estiver por trás dele ditará as regras e preços, e onde isso é bom?

Quem pode enfrentar o Android? No momento, apenas o Windows 10 Mobile. Porque não o iOS da Apple? A Apple e seus líderes já deixaram claro que o foco da empresa nunca foi e nunca será produtos “baratos”, mas sim, produtos premium. Então, o público da Apple sempre será restrito e nunca vai afetar o reinado do Android. Apenas o W10M pode, quem sabe, ferir o Android no calcanhar e provocar uma desaceleração em sua dominação mundial.

Fontes: OlharDigital