Não é nenhuma surpresa que nove dos 10 filmes com maior bilheteria de 2019 são baseados em “propriedades existentes”, sejam sequências, extensões de uma franquia, adaptações de jogos ou histórias em quadrinhos. De qualquer forma, nessa matéria, você verá os filmes mais assistidos de 2019, ou seja, os que tiveram maiores bilheterias.
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10. Como Treinar o seu Dragão 3
Como treinar o seu Dragão tem construido uma trilogia envolvente de fantasia/ aventura em família nos últimos dez anos. O primeiro filme foi uma surpresa agradável – ele não apenas evitou a fórmula familiar animada da Dreamworks, que era então predominante, com referências explícitas ao humor e à cultura pop, mas construiu seu material de origem de uma maneira que criou um mundo de fantasia distinto. Dessa forma, qualquer fã do gênero, criança ou adulto, pode se divertir.
Além disso, o Como Treinar o Seu Dragão: 3 gira em torno de Soluço, tentando encontrar um novo local que mantenha as pessoas de Berk e seus dragões em segurança. Depois de passar anos resgatando dragões do cativeiro, as pessoas da cidade estão compreensivelmente preocupadas com o fato de os caçadores de dragões em breve retaliarem. Portanto, Soluço se encarrega de encontrar o mítico Mundo Escondido, onde humanos e dragões podem viver em paz. Enquanto isso, Banguela se apaixona por uma fúria noturna feminina.
Por fim, o filme leva a uma conclusão sólida de uma franquia tão agradável. Dado o sucesso, parece improvável que este seja o último filme da terra de Berk e além. Mas, como um capítulo final da história de Soluço e Banguela, o 3º filme da franquia termina esta parte do conto com uma nota satisfatória.
9. Velozes & Furiosos: Hobbs & Shaw
As brincadeiras constantes, o drama familiar e o cenário vertiginoso de cenas de ação voltaram em mais um Velozes e Furiosos. Entretanto, muitas pessoas dizem que esse filme é um dos mais fracos da franquia.
Como já disse o crítico Jason Rhode, sobre os outros filmes da franquia: “É tão exagerado que estabelece um novo tipo… Seus exageros fazem parte de sua técnica deliberada tanto quanto os gestos enormes de ‘ópera’… É tão inteligente, tão perfeitamente executado, emocionalmente sincero, autoconsciente e gloriosamente cinematográfico que acho que me deixou mais feliz e mais divertido do que qualquer outro filme que vi este ano.”
8. John Wick 3: Parabellum
A promessa de John Wick: Capítulo 2 está em “superposição”. Dependendo de como alguém entra em John Wick 3: Parabellum, de qual ângulo, essa promessa é simultaneamente cumprida e desperdiçada. O terceiro e último filme de Chad Stahelski na saga de John Wick (Keanu Reeves), trás os piores pesadelos de todos os gângsteres e faz jus às entradas anteriores. Entretanto, ele falha em levar a série na direção do capítulo anterior.
Como diz o gerente continental da Winston (Ian McShane), John Wick precisa decidir se é o bicho-papão ou, simplesmente, o homem. Ainda existe uma dúvida se John Wick é um videogame ou algo mais existencial. Dessa forma, ele escolhe os dois. A beleza ilimitada da franquia John Wick, cristalizada no terceiro filme da série, é que aludir a videogames ao falar sobre o filme não importa. À medida que os videogames e os filmes de ação se aproximam cada vez mais, John Wick 3 pode ser o primeiro de seu tipo a descobrir como impedir que essa comparação seja um ponto de vergonha.
John Wick 3 deleita-se em seu fluxo ridículo, sem perder de vista o número real de tais estragos sem mitigação. É tanto uma explosão de sangue e tripas quanto uma mistura imersiva de dor, um litígio sobre as maneiras pelas quais absorvemos e exigimos violência. Cada tiro de arma, golpe de corpo, quebra de mandíbula e tripas ecoam sonoramente da tela, de modo que, mesmo que outro capanga sem rosto perca a vida, deixando esse plano mortal despercebido, pelo menos o ato de violência que os acabou será lembrado.
7. Nós
Nós esclarece o que Corra! implica. Mesmo depois de apenas dois filmes, o filme de Jordan Peele parece pré-configurado para precisão, as comparações de Hitchcock apenas ali, esperando ser empurradas entre vírgulas, enquanto Peele fala abertamente e age em alusões. Nós, não perde nada: tempo, filme, as capacidades igualmente precisas de seus atores e equipe, imóveis no cenário, chance de uma piada.
Uma comédia familiar cheia de pavor, depois um thriller de invasão de casa, depois um filme de terror de ficção científica frontal, “Nós” nos familiariza rapidamente com a família Wilson: a matriarca Adelaide (Lupita Nyong’o), pai Gabe (Winston Duke), a filha Zora (Shahadi Wright Joseph) e o adorável irmão mais novo, Jason (Evan Alex ).
De qualquer forma, Nós, é um dos melhores filmes de terror dos últimos anos. Portanto, se você é um fã do gênero, deve assistir essa obra.
Aladim
Eu realmente não sou fã dos remakes de live-action da Disney, mas Aladdin é uma ação/fantasia/musical estrondoso que existe em um campo relativamente independente e distinto. A história básica bate e as músicas são naturalmente transplantadas, mas pelo menos um esforço é feito para servir uma peça de entretenimento familiar totalmente revigorante e encantadora que fornece algo novo para fãs e iniciantes.
Fiel à sua ambição de apresentar uma aventura épica, este Aladim corre uns impressionantes quarenta minutos a mais que a versão de 1992, mas quase nada é de preenchimento. A princesa Jasmine (Naomi Scott) recebe tanto foco quanto o personagem principal (Mena Massoud), o amado “rato de rua” que se apaixona por ela e decide usar uma certa lâmpada mágica com um certo gênio residente (Will Smith) para se tornar um príncipe para que ele possa se casar com ela.
Obviamente, o maligno Jafar (Marwan Kenzari) também está atrás da lâmpada. Jafar arrebatará a lâmpada de Aladdin e se tornará o tirano sedento de sangue da terra, ou Aladdin o derrotará com a ajuda de seus amigos? É claro que a resposta é clara para qualquer pessoa com um conhecimento passageiro do filme de animação.
Aladdin é o remake raro que realmente nos dá um “mundo totalmente novo”. Dessa forma, se você era um fã do primeiro filme, vale a pena assistir esse remake.
5. Homem-Aranha: Longe de Casa
Chegando depois do grande evento cinematográfico de Vingadores: Ultimato, Homem-Aranha: Longe de Casa, como um seria de esperar, é muito mais leve. Entretanto, isso não impede que esse filme do MCU sirva como uma sequência eficaz para o Ultimato, mesmo que apresente o que é, de muitas maneiras, uma aventura clássica do Homem-Aranha.
Além de capturar um vilão de nível C (Mysterio), o Homem-Aranha: Longe de Casa é (relativamente) pequeno, sincero e engraçado, e tem mais do que o seu lote habitual de explosões pós-crédito no MCU. Embora uma adição relativamente recente ao Universo Cinematográfico da Marvel, este já é o quinto filme de Tom Holland como Homem-Aranha em três anos. Como muitas outras decisões de elenco tomadas no MCU, ele se provou quase perfeito no papel.
4. Capitã Marvel
Em muitas dessas histórias de origem da Marvel – e pela minha conta, essa é a oitava desde o Homem de Ferro original – o filme se esforça para explicar por que devemos nos importar com esse novo personagem. Além disso, com tudo o que temos para acompanhar, ele também mostra os motivos do por que devemos concordar prontamente em adicionar mais um herói a mistura.
Dessa forma, Capitã Marvel, como muitos filmes do MCU, às vezes trabalha com o peso de ter que contar sua própria história enquanto ainda se conecta à saga maior e em andamento, mas não tem problemas em justificar seu personagem principal: vemos nos olhos dela, desde o primeiro segundo, o que é diferente nela. O filme nos coloca do lado dela antes que ela diga uma palavra.
De qualquer forma, o filme é divertido e exaustivo nas mesmas medidas que esperamos dos filmes modernos da Marvel – se você viu um cara mal disposto a dominar as galáxias, já viu todos eles. Mas este filme não é sobre os personagens coadjuvantes, nem o cenário, nem o desempenho de suas grandes peças de ação. É sobre se eles podem ou não vender a Capitã Marvel como alguém que até os poderosos Vingadores precisam chamar para algum dia ajudá-los a salvar o mundo.
3. Toy Story 4
Estávamos todos preocupados com Toy Story 4. Como poderíamos não estar? Esta é talvez a franquia de animação mais amada dos últimos 50 anos e, aos olhos de muitos, cada filme foi um pouco melhor que o último. Toy Story 3 terminou de uma maneira tão perfeita e emocionalmente devastadora que tentar segui-la parecia a tarefa mais idiota.
Toy Story 4 é um excelente filme, mas pode não atingir as “alturas” de Toy Story 3 – que consegue ser um filme de “fuga” e também uma dissertação profunda sobre tristeza e morte. De qualquer forma, o filme é um membro mais do que digno da família Toy Story.
O tema abordado em Toy Story 4 não é a morte ou perda – perda de propósito, perda de significado, perda de valor. O que você faz quando a melhor coisa de que fará parte já terminou? Como você encontra impulso na vida quando seu objetivo ao longo da vida foi alcançado? Como você lida com a idade? Se estes parecem conceitos “inebriantes” para um filme de Toy Story… você nunca viu um filme de Toy Story.
2. O Rei Leão
A nova tendência da Disney de criar versões “live-action” de seu catálogo animado pode ter um objetivo além da óbvia lucratividade de reviver uma marca existente. Além disso, parece que os computadores tentam personificar a vida real e fazem isso com uma precisão tão rígida e determinada que o resultado parece sem emoção e até um “pouco macabro”. O que exatamente são essas criaturas?
O filme é montado de maneira respeitosa, e Favreau traz o mesmo profissionalismo obstinado que ele trouxe para The Jungle Book, um filme com muitos dos mesmos problemas que este filme. Ele faz o seu trabalho muito bem. O problema é que o rei leão é o rei leão, você sabe? Esta é uma história universalmente poderosa, com músicas incríveis e inúmeros personagens cômicos e fascinantes. É um clássico de performance e sensação. Essa versão, aparentemente por design – como esse era o plano o tempo todo – drena toda a sua vida… para torná-la mais “realista”. Eu adoraria assistir a um documentário sobre esses belos animais. Eu adoraria assistir ao filme original com sua alegria, grandeza, escopo e senso de diversão. Este? Essa coisa bizarra não ficou tão boa quanto o original.
1. Vingadores: Ultimato
Por onde começar? Quando se trata de Vingadores: Ultimato, essa pergunta não é tanto uma expressão de entusiasmo desonesto, mas um desafio prático na avaliação do destino para o qual Kevin Feige e a empresa dirigem histórias e espectadores nos últimos 11 anos. Embora tenha havido muitos filmes com mais de três horas e até algumas franquias de mais de 20 filmes, não há realmente nada para comparar com o que a Disney e a Marvel Studios conseguiram, tanto em termos de tamanho, qualidade e consistência do elenco ou em quão estreita a janela cronológica, considerando tudo, esses filmes foram produzidos.
Embora tenhamos elogiado isso com frequência, o elenco continua sendo a pedra angular do MCU. Os espectadores vivem com esses atores, como esses personagens, há mais de uma década. Para muitos, essa versão desses personagens é a única que eles conhecem. É por isso que a repentina exacerbação de tantos heróis no final de Guerra Infinita atingiu até os veteranos mais cínicos dos quadrinhos, e deixou os espectadores menos endurecidos confusos e perturbados.
Além disso, também é por isso que, como Vingadores: Ultimato abre, o público se preocupa não apenas com o que os heróis sobreviventes farão, mas com o modo como eles estão fazendo em geral. Isso dá ao filme uma ressonância emocional que é incomum não apenas nas ofertas de gênero mais atuais, mas também nos filmes em geral.
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