O histórico de filmes de Adam Sandler tem sido uma espécie de passeio de montanha-russa. Dessa forma, nos últimos 25 anos, o ator viveu verdadeiros altos e baixos. Muitos olham para o passado e sentem ternura pelos seus filmes de drama, mas duradouros dos anos 90. Por outro lado, os seus filmes mais recentes são frequentemente criticados por serem muito juvenis e recheados de conteúdo fútil. Portanto, podemos dizer que o seus filmes variam de comédia a dramas mais sutis e comédias românticas, e qualquer coisa no meio disso. De qualquer modo, pensando nisso, separamos os melhores filmes com Adam Sandler.
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Apesar dos papéis irritantemente exagerados de Sandler, seus personagens peculiares, alegres, sarcásticos e muitas vezes enfurecidos preparam o palco para algumas partes engraçadas. Além disso, a subestimada habilidade de atuação de Sandler foi utilizada em papéis mais sérios que adicionaram personalidades únicas a alguns grandes filmes dramáticos. Portanto, confira a lista dos melhores filmes com Adam Sandler.
Billy Madison: Um Herdeiro Bobalhão (1995)
Esse é um filme favorito na infância de muitas crianças que cresceram nos anos 90. De forma peculiar, esta comédia “peixe fora d’água” consegue se agarrar a um lugar os melhores filmes com Adam Sandler. Além disso, vale lembrar que o filme recebeu uma nota de 6.4 no IMDb.
Tirando o olhar nostálgico, fica aparente que Billy Madison: Um Herdeiro Bobalhão não é exatamente o clássico da comédia. Dessa forma, ele é forjado por momentos idiotas e humor particularmente juvenil. Independentemente disso, é repleto de muitos momentos hilariantes, versos citáveis e até mesmo um número musical bombástico, que ajudam a tornar este sucesso de 1995 uma comédia ainda amada até hoje.
Click (2006)
A produção cinematográfica de Adam Sandler nos anos 2000 é mista, para dizer o mínimo. Os lançamentos Little Nicky – Um Diabo Diferente, A Herança de Mr. Deeds e Oito Noites de Loucura de Adam Sandler na virada do milênio deixaram Sandler mal visto pela crítica e o público indiferente. Foi somente em Click de 2006 que Sandler se encontrou de volta às “boas graças” do público do cinema. Click estrela Sandler como Michael Newman, um arquiteto que negligencia sua família e que adquire um “controle remoto universal” do estranho Morty (Christopher Walken). Esse controle permite que ele avance rapidamente nas partes chatas ou difíceis de sua vida.
Nesse ponto, a carreira de Adam Sandler o viu se envolver com performances dramáticas como Embriagado de Amor e Espanglês. Dessa forma, Click encontra o equilíbrio perfeito entre os dois tons de sua carreira, com muito humor “nojento” (incluindo uma cena em que Sandler peida na cara de seu chefe – interpretado por David Hasselhoff – enquanto ele está “pausado”), mas também muito “agridoce”. Além disso, há muito drama emocional quando Michael descobre tudo o que ele perdeu ao avançar a vida com sua família. Embora definitivamente na extremidade inferior da produção de Sandler, Click é divertido e surpreendentemente emocional.
O Paizão (1999)
O final dos anos 90 viu um pouco de declínio da comédia de Adam Sandler, à medida que o humor tendia a ficar cada vez mais bobo e, ousamos dizer, preguiçoso. Nesse sentido, o Paizão é uma espécie de canto de cisne para a era clássica dos festivais de risada significativos de Sandler.
Apesar de sua loucura da marca Happy Madison (Produtora de filmes e séries de TV fundada por Adam Sandler em 1999), este filme na verdade tem um enredo bastante sincero e duradouro, completo com uma atuação admirável de Jon Stewart e uma divertida participação especial de Steve Buscemi. Nele, um trabalhador semi-empregado é inesperadamente deixado para criar uma criança que literalmente caiu à sua porta. A narrativa é uma espécie de conto de amadurecimento tanto para o menino, Julian, quanto para sua figura paterna temporária, Sonny.
Golpe Baixo (2005)
Um dos filmes de comédia mais significativos de Sandler dos anos 2000 é, na verdade, um remake com toques de Happy Madison do clássico de 74, Golpe Baixo. Dessa forma, o filme tem toneladas de grandes performances cômicas de um improvável grupo de condenados, que inclui Caretaker (Chris Rock), Megget (Nelly) e “Cheeseburger” Eddy (Terry Crews). Em uma homenagem ao original, este remake de 2005 é estrelado por um ex-astro do futebol interpretado por Burt Reynolds, enquanto Sandler assume o papel do protagonista principal interpretado por Reynolds no filme de 1974.
Este filme é executado com a narrativa bastante típica de “Filme de esportes com um azarão”, ao mesmo tempo em que adiciona muita do estilo pateta de Adam Sandler. Ele ainda traz alguns momentos emocionalmente mais sombrios que parecem um pouco fora do lugar em um filme cheio de comédia, mas adiciona alguma profundidade independentemente.
Esposa de Mentirinha (2011)
Desde o sucesso de Afinado no Amor, Adam Sandler tem participado de várias comédias românticas, muitas das quais ficaram um ou dois graus abaixo do charme e da inteligência daquele filme. Embora Esposa de Mentirinha tenha algumas partes divertidas e alguma química decente entre Sandler e Jennifer Aniston, a trama é bastante absurda, para dizer o mínimo. Normalmente não é um bom presságio para uma narrativa quando você pode prevê o resultado no trailer.
Neste filme, Danny, interpretado por Sandler, usa uma velha aliança de casamento como um suporte para angariar a simpatia de mulheres jovens com as quais está se relacionando. Dessa forma, ele inventa histórias tristes sobre casamentos fracassados e parceiros infiéis. Por fim, ele pede a ajuda de Katherine (Aniston) para fazer o papel de sua ex-esposa.
Afinado no Amor (1998)
Marcando o primeiro grande filme em que Sandler se aventura no território da comédia romântica, Afinado no Amor ainda assim se destaca como um dos filmes mais engraçados do ator. Além disso, o filme utiliza mais profundidade emocional e momentos dramáticos do que a maioria das comédias de Sandler, junto com alguns trechos musicais divertidos que adicionam algum “caráter”.
Além de uma atuação admirável do próprio Sandler que interpreta o protagonista, Robbie, há também um elenco agradável com algumas ótimas atuações de Drew Barrymore como Julia, e Allen Covert como o amigo Fonzie de Robbie.
Como Se Fosse a Primeira Vez (2004)
Essa é uma comédia romântica que contém um enredo distinto e ocasionalmente inteligente, principalmente se comparado a Esposa de Mentirinha. Dessa forma, Como se fosse a primeira vez repete o par romântico de Adam Sandler e Drew Barrymore em uma premissa muito mais maluca.
Para seu crédito, o filme evita clichês, pelo menos até certo ponto, jogando com a ideia de um romance diferente, já que Lucy (Barrymore) possui uma condição única. A personalidade de “mulherengo” de Sandler é posta à prova quando ele descobre que Lucy tem uma memória de curto prazo, ou seja, perde ela todos os dias. Essas condições criam uma história de amor com muitos obstáculos, o que na verdade contribui para sua natureza duradoura. Obviamente, isso prepara as coisas para algumas palhaçadas idiotas, que pelo menos às vezes atingem seu alvo.
Um Maluco no Golfe (1996)
Esta é a comédia clássica de Sandler no seu melhor e traz muitas características da Happy Madison – participações especiais engraçadas, humor “pastelão” e ampla colocação de produtos. Mas ao contrário de muitos filmes de Sandler da era moderna, Um Maluco no Golfe sabe quando chegar ao “reino da loucura” e quando recuar um pouco.
Dessa forma, o filme apresenta uma série de momentos de raiva de nosso protagonista, frases tolas e comédia física idiota que às vezes beira a violência. É bobo, mas é agradável – e isso não é fácil, considerando que se concentra no golfe. Caramba, a “luta de boxe” entre Gilmore e o lendário apresentador Bob Barker por si só é motivo suficiente para assistir a isso.
Embriagado de Amor (2002)
Embriagado de Amor se destaca como a primeira vez em que Adam Sandler assume o papel de um protagonista sério em um filme sério. Sim, o cara conhecido por cantar sobre os itens do cardápio do almoço na escola na verdade estrela um filme dirigido por Paul Thomas Anderson, o homem responsável pelo melodrama profundo, Magnólia. Mas evidentemente esta é uma combinação que funciona, considerando a qualidade deste filme.
Este não é um filme de “Adam Sandler” tanto quanto é um filme de arte com Sandler. Independentemente disso, o ex-membro do elenco de SNL faz um ótimo trabalho como Barry Egan, um introvertido paranóico com uma intensidade que beira o assustador. A força desse personagem também é crucial, dada a falta de eventos significativos ao longo do filme. Dessa forma, a atmosfera turbulenta, desconfortável e a atuação certamente carregam Embriagado de Amor mais do que a narrativa, que de certa forma é distinta e poderosa.
Reine sobre Mim (2007)
Reine sobre Mim é possivelmente o melhor filme – dramático ou não – com Sandler desde Embriagado de Amor, sem depender de um enredo de vanguarda e cinematografia para se destacar. No entanto, sua narrativa ainda é bastante única e sincera, girando em torno de um protagonista oprimido cuja vida foi destruída após os ataques de 11 de setembro ao World Trade Center.
Dessa forma, o filme conta com alguns personagens memoráveis e a amizade dinâmica entre o personagem principal, Charlie, e seu antigo colega de quarto, Alan. Embora seja um drama rico, ainda há muitos pedaços de comédia dignos de riso para iluminar o clima e equilibrar a balança.
Joias Brutas (2019)
Dirigido por Benny e Josh Safdie, Joias Brutas prova mais uma vez que as atuações dramáticas de Adam Sandler costumam ser a verdadeira vitrine de seu talento. Não que ele devesse parar de fazer as pessoas rirem, mas fazer papéis mais dramáticos certamente não faria mal. Dessa forma, Sandler estrela como Howard Ratner, um joalheiro carismático e falante de Nova York que faz uma aposta que pode defini-lo para o resto da vida. Se as coisas derem errado, essa vida pode acabar.
Muitos ficaram chocados quando Sandler não foi indicado ao Oscar, embora tenha ganhado vários outros prêmios de atuação por seu trabalho, mostrando que seu desempenho não passou despercebido.
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