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Recentemente a Apple entrou numa “briga” com o governo americano, mais especificamente com o FBI (Federal Bureau of Investigation – Agência Federal de Investigação), por conta de uma solicitação inusitada da agência. Eles querem que a Apple disponibilize uma ferramenta capaz de quebrar a segurança de um iPhone para que eles possam acessar os arquivos do dispositivo sem que haja perda dos dados contidos nele atualmente.

O CEO da Apple, Tim Cook, explica que “o governo dos EUA nos pediu algo que simplesmente não temos, e algo que consideramos muito perigoso criar. Eles nos pediram para criar um backdoor para o iPhone.

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Backdoor é um utilitário de administração remota que, uma vez instalado em um computador (ou celular), permite um acesso de usuário e controlá-lo através de uma rede ou da Internet. Com isso em mãos, fica fácil entender o que o FBI quer da Apple, e ela possivelmente não dará, pois, eles acreditam que tal ferramenta pode ser entendida como uma chave-mestra capaz de abrir milhares de portas (portas = iPhones nesse contexto), em todo o mundo, caso caia em mãos erradas.

Tudo começou quando o FBI encontrou um iPhone 5C do casal responsável pelo tiroteio de San Bernardino, Califórnia. Syed Rizwan Farook e Tashfeen Malik atiraram em um grupo de pessoas numa festa. Foram 14 mortos e 22 que ficaram gravemente feridos. Pouco tempo depois ambos foram mortos pela polícia, mas antes de morrerem eles tentaram apagar toda a sua vida digital, apagando contas no Facebook, destruindo os HDs de seu computadores, contudo, esqueceram desse bendito iPhone 5C. Tudo isso foi em 2015. Agora o FBI quer os dados contidos nesse iPhone a todo custo, haja vista o presidente americano considerou o atentado como terrorismo, o maior desde o 11 de setembro.

iPhone hacker

A briga está feia para o lado da Apple que tem até 5 dias úteis para fornecer a tal ferramenta, que muitos chamam até de um “novo iOS”, só que menos seguro, com brechas na criptografia. Neste caso, a Microsoft expôs seu apoio a Cupertino.

O diretor jurídico da Microsoft, Brad Smith, compartilhou a Declaração de Reforma na Vigilância proposta pelo governo americano no Twitter, proposta essa que muitas empresas do ramo rejeitaram em sua totalidade, pois, põe em risco a segurança dos dados de seus cliente. Google e Microsoft foram inclusive as primeiras a se manifestar sobre o assunto, chegando ao ponto de se unirem contras as medidas. Muitos podem não entender, mas tal ação pode criar um precedente, e cedo ou tarde atingiria todos os sistema operacionais, inclusive o Windows e o Android.

Não sabemos como a Apple vai reagir quanto as solicitações do FBI, mas, de fato cremos que o governo pediu muito dessa vez… e se fosse aqui no Brasil? Com uma empresa brasileira? Como será que a Policia Federal brasileira agiria contra ela? Daria algum resultado?

Fontes: The Verge e Gizmodo

Obg ao Rogério Sarmento pela dica 😉