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“Eu acho que é inevitável que em menos de dez anos, ou talvez em menos de cinco, o celular não tenha mais esse formato que tem hoje.”

Foi o que disse o executivo da Google Mário Queiroz, líder da área global de produtos do Google em uma entrevista concedida ao UOL. 

O contexto da afirmação de Queiroz tem relação com as próximas grandes novidades que balizarão o cenário tecnológicos dos próximos anos, que é a computação em nuvem e a inteligência artificial (AI). Esses dois elementos serão explorados ao limite e os smartphones como os conhecemos hoje serão só mais um entre dezenas de dispositivos que usaremos para interagir com todo tipo de dados e podem nem ser como os que temos hoje no bolso. E tem mais… agregado a essas duas frentes, ainda temos o reconhecimento de voz e os dispositivos IoT (internet das coisas) interconectados e a Google sabe disso, tanto que também tem investido nessas áreas.

Do outro lado temos a Microsoft, que desistiu do mercado de smartphones em prol dessa nova geração de dispositivos interconectados, tanto que Satya Nadella, atual CEO da Microsoft, comprou simplesmente 18 empresas focadas nessas novas tecnologias e meio que se desfez dos ativos da Nokia, que havia sido comprada no auge do Windows Phone, porém, essa estratégia foi da era Ballmer, o que consequentemente levou ao fim da linha Lumia de smartphones com Windows.

Conceito de dispositivo futurista interconectado

O Microsoft Build 2018 serviu como amostra de como a Microsoft tem investido pesado nesses novos mercados e eles querem dominá-lo, por isso tem se antecipado a muita coisa. Eles estão focados em AI, Nuvem, Machine Learning, Office e Windows. Sim, o Windows foi meio que pra o rabo da fila, mas não porque ele vai morrer, mas sim, porque ele não será mais o “rosto” da Microsoft, a cara da empresa, mas sim, só mais um produto entre vários outros. Quem sabe o novo rosto da empresa seja o Azure, a plataforma em Nuvem da Microsoft que abriga e abrigará ainda mais produtos da empresa. Muita coisa também passará pelo Microsoft 365, que será um produto unificado, com o Windows e o Office embutidos, tudo alinhado com AI e Nuvem.

“O Windows continua a ser uma prioridade para a Microsoft em meio a um contexto em que continuamos a criar inovações para novos cenários e dispositivos e no qual o sistema operacional se conecta ainda mais profundamente às ofertas…”

Isso foi o que disse Roberto Prado, Diretor de Nuvem da Microsoft Brasil em entrevista a UOL. Já Annette Zimmermann da consultoria Gartner disse:

“Se olharmos 20, 25 anos atrás, o PC era o único aparelho de produtividade, acesso à internet e nos habilitava à tecnologia de nossas vidas. A tecnologia avançou dramaticamente para além dos dispositivos”

Então, assim como a Microsoft, a Google, Apple, Amazon e outros empresas de tecnologia sabem que o próximo grande “boom” está próximo, e desta vez a Microsoft em específico não quer ficar de fora dessa novidade, como aconteceu na época do primeiro iPhone e do surgimento do Android.

Então, como será o dispositivo que substituirá o smartphone como o conhecemos hoje? Alguém quer apostar num conceito?

Fonte: UOL