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Há algumas semanas atrás, dissemos que o smartphone morreu, não o seu aparelho propriamente dito, mas o mercado.  Ele saturou, as vendas estagnaram e sem grandes avanços ou melhorias, a única saída é ir de encontro ao futuro e abraçar o novo.

E se o smartphone morreu, é claro que os aplicativos (Apps) também foram para a cova, ou seja, morreram juntos e estão definitivamente entrando para a história.

Você pode achar que o autor está maluco e não anda bem de suas faculdades mentais, mas é simples de entender. Muito provavelmente, a grande maioria aqui já teve algum dia ou ainda tem um aparelho da Nokia com o sistema operacional Symbian, por exemplo: o Nokia N95, C3, E5 e C6, e sua famosa loja de Apps, a  OVI Loja, ou como era conhecida a OVI Store, recheada de aplicativos, para aquele momento pré-iPhone.

Então temos uma marca forte de celulares no mercado, com um OS para OEMs e loja com apps ok? E também concorrentes, como a RIM com o seu BlackBerry e a Microsoft (sim, já  existia o Microsoft Windows Mobile) com o WinCe, além do PalmOs, Samsung e outros.

Sim, não podemos discordar, é basicamente o mesmo cenário dos dias atuais, mas, é claro, guardada as devidas proporções.  O iPhone tinha acabado de ser lançado e o Android estava copiando a BlackBerry, mas, quando viu o que Steve Jobs fez, mudou rapidamente, e o resto é história e você já está vivendo nela.

Veja abaixo, o Market Share dos smartphones e como o mercado virou completamente a partir de 2007 com o lançamento do iPhone e o Android grátis para qualquer OEM, segundo a Comscore:

Enfim, esse pequeno resumo da história dos smartphones (que é bem mais ampla do que isso), foi feita com o intuito de deixar bem claro uma coisa: mudança é o padrão nas nossas vidas e no mundo todo. Tudo muda, de um jeito ou de outro, e a era dos smartphones e dos aplicativos terminaram também, ou seja, até 2007 era um cenário, depois, mudou completamente.

E como aconteceu essa mudança?

Vendas estagnadas, mercado saturado, sem inovações, lojas com milhares de apps e a ComsCore já apontava em 2015, que os usuários utilizam no máximo, 6 aplicativos no seu smartphone.

Veja abaixo o ranking dos apps/sites mais utilizados no mundo, segundo a IBM, com base na Geração Z, que é a galera de 13 a 21 anos.

Pegue o exemplo do Brasil, dos 5 apps/sites mais utilizados, apenas 2, Youtube e Google (pesquisa) não tem apps para o Windows 10.

Agora, veja abaixo dados da Nielsen, referente ao mercado dos EUA, com os 10 Apps mais populares:

top_10_apps_2016_nielsen

Praticamente o mesmo cenário, porém com algumas alterações por incluir uma base maior.

Web Apps

O Google anunciou na semana passada, uma próxima mudança no seu sistema operacional para telefones, o Android, que ameaça o futuro da sua própria loja de apps móvel e jogos do Google. E a mudança resultante é possível ameaçar a App Store da Apple, também. É provável que em 2018 ou 2019, nós já não iremos perceber a diferença entre um site e um app móvel, e você irá olhar para trás e se perguntar: como a Apple e o Google já conseguiram controlar o mercado de aplicativos móveis tão completamente?

O novo recurso no Android permite aos usuários “instalar” páginas da web direto do navegador web Chrome, para que, para todos os efeitos práticos, parecem apenas apps baixados da loja do Google Play, mas não foi. Esta é uma melhoria significativa em um recurso que foi disponibilizado desde os primeiros dias de smartphones — ou seja, o lançamento do  iPhone, porque tudo se resume a: antes do iPhone e depois do iPhone, onde  a Apple introduziu em 2007 a capacidade de “salvar a Homescreen”, criando atalhos para os seus sites favoritos, um recurso que nunca decolou. Atualmente são chamados de WebApps.

Pagar ou não pagar

Para desenvolvedores, na esperança de criar experiências de aplicações nativas nas “homescreen apps”, nunca houve na verdade, uma igualdade de recursos entre os apps baixados da loja e os salvos diretamente de websites. Mesmo quando os homescreen apps sejam adequados para o trabalho, a usabilidade pobre em torno da instalação e a pouca visibilidade em telefones tem sido uma barreira para adoção (particularmente no Android, onde um homescreen app, não faz isso no menu principal “apps”). Então, homescreen apps sempre foram o primo pobre dos aplicativos, fazendo das aplicações nativas, a escolha mais viável para a maioria das empresas, apesar de bons exemplos, como o Financial Times, que apostou no homescreen app desde 2011.

Um dos principais obstáculos para muitas empresas adotarem os homescreen apps tem sido a falta de integração com o Apple Pay e o Android Pay, e as tecnologias de pagamento embutido no Android e iOS. Com aparelhos dotados de impressões digitais, permitiu aos clientes verificar uma transação on-line apenas com o dedo, ao invés de ter que digitar detalhe do cartão e etc. No verão passado, a Apple anunciou que vai integrar esta função no Safari, que permitiria aos criadores de sites comuns, tirar proveito da tecnologia. O Google fez um anúncio similar no outono.

Um app para chamar de seu

Para muitas empresas, a integração recente do Apple Pay e do Android Pay no homescreen apps, preenche uma lacuna significativa. Dado que o mobile conduz um significativo tráfego de dados para sites de comércio eletrônico, qualquer coisa que venha simplificar a conclusão de uma compra no momento, será rapidamente lançada. E com o anúncio de Google na semana passada fechando a lacuna de usabilidade entre apps nativos e homescreen, as lojas de aplicativos serão menos importantes quando se trata de desenrolar melhores experiências móveis para os clientes.

Microsoft Edge

Aqui está um aplicativo que é de total importância para a Microsoft, o Edge. Ele é o navegador mais rápido e seguro que foi criado para o Windows 10.

Tem os melhores resultados em economia de bateria, stream 4K, dá para fazer anotações em uma web page, e mais: API integrada para facilitar pagamentos online, inclusive com o Microsoft Wallet que já se juntou com a Mastercard, e o Windows Defender Application Guard for Microsoft Edge, para você ficar tranquilo e seguro.

Aqui ficou bem claro a importância do Edge para nós usuários e principalmente para a Microsoft. Existe também o Projeto Westminster, para portar web apps para o Windows 10, que não sabemos como está o andamento.

Jacob Rossi, engenheiro da Microsoft na equipe Edge, definiu assim o “Progresso de Web Apps para Windows 10. Leia abaixo:

“Web Apps no Windows são construídos para executar independente do navegador no Windows e de forma autônoma. Arquitetonicamente, o processo de navegador não é nem envolvido em um aplicativo da web em execução no Windows, o que reduz a sobrecarga de CPU/memória, e cada aplicativo web tem até o seu próprio cache. Web Apps são totalmente integrados ao modelo de aplicativos do Windows, dando aos usuários a capacidade de gerenciar as notificações, executá-los em segundo plano ou off-line, compartilhar com eles ou até mesmo desinstalá-los usando o mesmo UX como qualquer outro aplicativo nativo.”

Experimente por exemplo, logar no Facebook pelo Edge no Windows 10 Mobile e depois fixar a Live Tile na tela inicial; é bem mais rápido, não ocupa espaço, não drena a bateria, e funciona em qualquer lugar, enfim, tem utilidade.

Todo mundo gosta de uma previsão, então aqui está a minha: nos próximos meses, veremos grandes marcas deslocando sua atenção para o desenvolvimento e liberando Web Apps móvel e cancelando o planejamento de atualizações para seus aplicativos nativos.

Até o final de 2018, a mentalidade dominante do consumidor será mudada o suficiente para fazer o duopólio da App Store, da Apple e Google Play, parecer somente uma história antiga.

Que venha o futuro, agora, com Web Apps.

Então, a falta de aplicativos não será mais nenhum problema para quem usar o Windows 10. Parece que o jogo virou, não é mesmo? Ou mudou.

Fonte: VentureBeat