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Se você tem mais de 30 anos, muito provavelmente deve se lembrar dos quase extintos disquetes. Antes dos anos 2000, eles eram muito úteis e praticamente onipresentes nos PCs de todo mundo. Para se ter ideia, nos anos 90, cerca de mais de 5 bilhões de unidades de disquetes eram vendidas por ano.

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Apesar de ter chegado ao seu auge nos anos 90, o disquete foi criado no fim dos anos 60. Dessa forma, aos poucos ele foi se popularizando. No entanto, no início do século XXI ele praticamente deixou de existir, já que começou a ser substituído pelos CDs e pendrives.

De qualquer maneira, o disquete revolucionou a transferência de dados, já que aumentava a capacidade das mídias portáteis. Inclusive, até a sua invenção, o principal sistema era o cartão perfurado que conseguia guardar no máximo 80 caracteres. Além disso, ainda hoje vemos programas que utilizam o seu ícone como representação da ação “Salvar”.

Portanto, pensando na importância dos disquetes, separamos dez curiosidades sobre eles. Confira:

1. Capacidade de armazenamento quase mínima

Disquete: conheça 10 curiosidades dos Disquetes! - Foto: Reprodução/ TT
Disquete: conheça 10 curiosidades dos Disquetes! – Foto: Reprodução/ TT

O disquete mais popular era o de 3,5 polegadas. Apesar da sua popularidade, ele somente conseguia armazenar 1,44 MB. Para se ter ideia do quão isso é mínimo, uma foto tirada do seu celular deve ultrapassar esse tamanho. No entanto, no anos 90, essa capacidade era suficiente para transportar vários arquivos de um PC para o outro. Era pouco espaço, não é?

2. Para instalar um programa era necessário vários disquetes

Disquete: conheça 10 curiosidades dos Disquetes! – Foto: Reprodução/ Criar e Fazer

Como já dizemos, os arquivos do dia a dia cabiam perfeitamente no disquete. No entanto, o mesmo não se podia dizer dos arquivos de instalação de programas. Dessa forma, cada vez que o usuário queria instalar um programa no PC, ele precisaria de vários disquetes. Além disso, a instalação nem sempre terminava bem, pois se alguma das mídias estivesse corrompida, seria necessário reiniciar todo o processo de instalação.

Vale observar que os programas eram bem menores, principalmente se comparados aos atuais. Hoje, seria inviável fazer esse tipo de transferência, já que muitos programas são bem grandes, possuindo mais de 3 GB. Dessa forma, seriam necessários mais de 2200 disquetes para instalar apenas um programa.

3. Diversidade de tamanhos e capacidades

Disquete: conheça 10 curiosidades dos Disquetes! - Foto: Reprodução/ OD
Disquete: conheça 10 curiosidades dos Disquetes! – Foto: Reprodução/ OD

Assim como os pen drives, os disquetes possui tamanhos e capacidades diferentes. Dessa forma, nem todo disquete tinha 3,5 polegadas e comportava 1,44 MB. Antes da mídia de 3,5, haviam disquetes de 8 e 5,25 polegadas. O disquete de 8 polegadas é o mais antigo e apresentava uma capacidade de 80 KB em sua versão original. No entanto, ao longo dos anos, o seu armazenamento aumentou para 1,2 MB.

Já o disquete de 5,25 polegadas sucedeu o de 8 polegadas, mas não teve melhorias em termos de capacidade. Dessa forma, o seu armazenamento variava de de 110 KB a 1,2 MB. Por outro lado, a sua vantagem era o fato dele ser mais compacto e, consequentemente, de menor custo de fabricação.

Assim como os outros formatos, o de 3,5 polegadas passou por algumas mudanças ao decorrer dos anos. Dessa forma, houveram disquetes com um espaço de armazenamento considerável. Por exemplo, o Zip Drive alcançou 750 MB e o SuperDisk chegou a ter 240 MB. No entanto, nenhum desses dispositivos foi muito popular.

4. Vendas iniciaram na década de 70

Disquete: conheça 10 curiosidades dos Disquetes! – Foto: Reprodução/ Guia do PC

Como já dito, o disquete nasceu em 1967. Na época, a IBM criou o dispositivo ao reunir uma equipe de engenheiros, liderada por David L. Noble. O objetivo da equipe era “simples”: criar um sistema confiável e barato para transportar instruções e instalar atualizações de software em PCs mainframe.

Dessa forma, os primeiros enquetes somente chegaram nas lojas em 1971, mas como parte de produtos da companhia. Somente em 1972 que os disquetes passaram a ser vendidos separadamente.

O dispositivo foi um sucesso absoluto de vendas. O principal motivo para isso é que ele teria uma capacidade de armazenamento muito maior do que os cartões perfurados. Para se ter ideia, um disquete de 80 KB equivalia a cerca de 3 mil cartões.

5. Os primeiros a transmitir um vírus de computador

Disquete: conheça 10 curiosidades dos Disquetes! - Foto: Reprodução/ Super Interessante
Disquete: conheça 10 curiosidades dos Disquetes! – Foto: Reprodução/ Super Interessante

Esse não é um fato muito “legal”. O primeiro vírus de computador foi transmitido por um disquete. O vírus se chamava “Elk Cloner” e foi escrito pelo então adolescente Rich Skrenta, de 15 anos. Rich deixou o vírus, de 400 linhas, em uma máquina Apple II do colégio onde estudava. Dessa forma, qualquer pessoa que inserisse um disco sem fazer uma reinicialização limpa era infectado.

Segundo o autor, o malware era apenas “uma pequena brincadeira idiota” que rodava em PCs com o SO Apple DOS 3.3. Quando o disquete infectado era aberto, o PC exibia a seguinte mensagem (traduzida do inglês em versão livre):

Elk Cloner: O programa com personalidade
Ele vai ficar em todos os seus discos
Ele vai se infiltrar em seus chips
Sim, é o Cloner!
Ele vai grudar em você como cola
Ele vai modificar a RAM também
Envie o Cloner!

6. As Câmeras digitais chegaram a usar o disquete

Disquete: conheça 10 curiosidades dos Disquetes! – Foto: Reprodução/ Sony

Se você pensa que as câmeras digitais sempre usaram cartão de memória, saiba que você está muito enganado. Dessa forma, as câmeras digitais dos anos 90 usaram disquetes como uma forma de armazenamento móvel.

As primeiras câmeras a terem a novidade foram a Sony Mavica FD5 e a Mavica FD7. Além disso, vale lembrar que a FD7 também tinha um zoom de 10x. De qualquer modo, a Sony continuou produzindo câmeras com entrada para disquete até 2002, quando saiu a Sony FD Mavica MVC-FD200.

Outras empresas também produziram câmeras com compartilhamento para disco, como é o caso da Panasonic, que oferecia suporte ao disquete SuperDisk.

7. Trava física para bloquear gravação

Disquete: conheça 10 curiosidades dos Disquetes! - Foto: Reprodução/ Exame
Disquete: conheça 10 curiosidades dos Disquetes! – Foto: Reprodução/ Exame

Era muito comum ficar tentando salvar um arquivo no disquete e dar erro sem a pessoa saber o motivo. Então, o usuário percebia que não conseguia fazer a gravação devido a trava contra gravação, que estava ativada.

Dessa forma, o usuário precisaria ejetar o disco, deslizar a trava e inseri-lo novamente no PC para fazer a gravação. Portanto, nem é preciso explicar que a trava era um mecanismo para proteger a mídia de ser infectada com algum vírus.

8. Gravação com uma fita magnética

Disquete: conheça 10 curiosidades! – Foto: Reprodução/ UFCG

As pessoas nem sempre sabiam, mas o disquete armazenava dados usando magnetismo. Dessa forma, no seu interior havia um disco de plástico fino e flexível, revestido em ambos os lados com óxido de ferro. Ao entrar no drive e ser submetido a um campo magnético, ele passar a ser magnetizado de forma permanente, guardando os dados até que seja apagado ou utilizado para uma nova gravação.

O processo é bem parecido ao da gravação de uma fita cassete, mas o formato de disco permite que o processo de leitura e escrita seja organizado por faixas. Dessa forma, o programa pode pular da faixa “1” para a “20” sem precisar percorrer os arquivos salvos nesse intervalo.

9. Vida útil bem curta

Disquete: conheça 10 curiosidades dos Disquetes! - Foto: Reprodução/ UFCG
Disquete: conheça 10 curiosidades! – Foto: Reprodução/ TT

As coisas não eram nada fáceis no passado. Dessa forma, além de ter pouco espaço de armazenamento, a vida útil do disquete era, em média de apenas cinco anos. É claro que não havia como saber o tempo exato, já que essa mídia sofre bastante com as condições externas, como frio ou calor, podendo ter sua durabilidade aumentada ou reduzida. Além disso, o tempo invariavelmente causaria perda do magnetismo, afetando o funcionamento do disco.

10. Um kit de limpeza

Disquete: conheça 10 curiosidades! – Foto: Reprodução/ UOL

Um problema irritante dos disquetes, é que, com o uso, eles começavam a soltar fragmentos do disco magnético no drive. Isso dificultava a vida do leitor na hora de ler ou gravar os dados em outros discos. Dessa forma, para resolver esse problema, havia um disquete especial de limpeza que era vendido em um kit acompanhando um líquido não corrosivo. O usuário teria que pingar algumas gotas nos cantos do disquete de limpeza, inseri-lo no drive sujo e “operá-lo” por cerca de 30 segundos.

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