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A Microsoft é uma empresa grande e inovadora, porém, dada sua dimensão, idade e cultura, nem toda mudança é rápida, muito menos fácil de acontecer. Grandes mudanças ficaram mais evidentes e corriqueiras depois que Satya Nadella assumiu o cargo de CEO da empresa no lugar do Steve Ballmer. Nadella promoveu mudanças na formatação interna e externa da empresa e também em seus produtos e serviços.

A próxima grande mudança é…

Agora, uma próxima grande mudança está a caminho e ela tem a ver com design. Na verdade, ela já começou e é encabeçada pelo Fluent Design. Mas, o que é o Fluent Design? Ele é uma evolução da linguagem Metro apresentada em 2012 com o Windows 8. Obviamente, como podemos ver no vídeo a seguir, essa nova linguagem traz grandes novidades. O “sistema fluente de design” tem como objetivo apresentar experiências e interações que são harmoniosas, intuitiva, inclusiva e responsiva para qualquer dispositivo.

O Windows 10 já foi “contaminado” com as influências desse novo sistema de design e diga-se de passagem que ficou muito bom. Em breve, todo o resto também será, sejam eles produtos ou serviços.

Tom Warren do The Verge visitou o QG da Microsoft em Redmond onde teve acesso privilegiado a essa nova cultura de design adotado pela empresa e realmente o futuro é “flutuante”.

fluent design

Fonte da imagem: The Verge

A imagem acima pode ser considerada a melhor representação do que a Microsoft deseja implementar em todos os seus produtos e serviços quanto a design. Quando falamos em coisas flutuantes é porque é literalmente isso. Veja que até os ícones possuem uma estruturua tridimensional, flat, clean, objetiva e que tem como principal objetivo ser de fato fluída e intuitiva e que parecem flutuar.

Essa outra acima já é bem conhecida nossa. Ela traz os novos ícones do Microsoft Office, que são mais uma representação da chegada do fluent design. Eles apenas adequaram os antigos ícones para a nova cultura de design da empresa. Outros produtos passarão pela mesma mudança de forma gradativa.

Essa outra imagem acima mostra como tudo será muito mais limpo e objetivo. Poucas cores, grandes fundos claros ou escuros, fontes simples e de fácil leitura, menus que concentram todas as informações necessárias ao uso mais padrão do produto ou serviço são outros traços marcantes desse novo estilo.

O fato é que o Fluent Design realmente levou a Microsoft de volta ao básico do design, com um foco muito maior na simplicidade. Em vez de uma tipografia ousada e conteúdo de ponta a ponta, o Fluent concentra-se em elementos sutis como luz, profundidade, movimento e material. Nós vimos aparecer no Windows com sugestões de efeitos de movimento e blur. Ele também aparece no Office e na Web em serviços como o OneDrive, Office Online e Outlook. A Microsoft está gradualmente fazendo do Fluent Design a peça central de como a empresa pensa em design.

Outro grande desafio desse novo estilo é cobrir não apenas produtos da Microsoft, como também é preciso pensar nos produtos fora da caixa, como aplicativos para Android e iOS. Será um grande desafio manter a identidade visual do produto sem fazer parecer que ele não “pertence” aos sistema operacional externos. Alguma adaptação será sempre necessária.

A Microsoft pensa em seu hardware como sendo uma vitrine para seus softwares

fluent design

Já falamos essa frase por aqui uma centenas de vezes, mas desta vez a ouvimos pelas bandas americanas… mais uma vez o Tom Warren conversou com alguns designers Microsoftianos sobre esse assunto e ouviu o seguinte deles:

“Sempre pensamos em hardware como um estágio para software. Às vezes, o palco/vitrine também pode influenciar o desempenho do software, então há o lado e o verso de ambos os elementos.”

Ou seja, a Microsoft não pensa no seu hardware separado do seu software. Eles pensam nas duas coisas ao mesmo tempo e os criam de forma simultânea de forma que o hardware promova o software e vice-versa. E agora, com muito mais liberade para criar e trabalhar em sintonia com outros setores da empresa, dada as mudanças promovidas pelo atual CEO, designers e engenheiros tem trabalhado em várias frentes e reaproveitando inovações de um lado para o outro.

Isso também tem relação com design, afinal de contas, tudo precisa ser fluído, simples e intuitivo. Basta olhar para um Surface qualquer que você verá todos esses elementos juntos e misturados. E daqui pra frente será ainda mais.

E tem mais… com sua aproximação com o mundo de código aberto, não duvide que um dia até mesmo o Fluent Design vá parar num GitHub da vida, deixando a cargo da comunidade pensar em melhorias e ajustes nesse guia de design moderno.

Fonte > The Verge