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Não tem mais para onde correr… os dispositivos dobráveis/flexíveis irão inaugurar a nova geração de dispositivos portáteis, porém, até lá, ainda faltam muitos ajustes, especialmente nos componentes internos do hardware que ainda não estão prontos para a novidade, como por exemplo, as baterias.

Já de olho na novidade, a empresa sul-coreana Jenax afirma ter uma bateria pronta para chegar ao mercado em um futuro a médio prazo. O produto se chamaria J.Flex e foi apresentada na CES 2019 em Las Vegas (Estados Unidos), e quer ser a pioneira em um segmento que pode ser revolucionário ao acompanhar o conceito de dispositivos dobráveis. Veja a seguir:

Mesmo sendo uma proposta inovadora, visando um novo mercado, a J. Flex (nome mal pensado viu?) continua sendo uma bateria de íon-lítio, ou seja, o material usado para armazenamento de carga continua sem alterações, o que leva a perfeita conclusão que a novidade em nada melhorará a autonomia dos gadgets portáteis. Muito pelo contrário, pois, se as empresas começarem a inventar moda e adicionarem mais e mais displays na frente e atrás do dispositivos, quero ver como essas baterias tradicionais, mesmo sendo flexíveis, darão conta do recado.

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A proposta da empresa é que seu produto possa ser usado não só em smartphones dobráveis, como também em produtos diversos, como wearables (dispositivos vestíveis), brinquedos e até quem sabe em roupas. Ou seja, sua versatilidade é tamanha que as possibilidades são diversas, dentro e fora do mercado de eletrônicos voltados para produtividade, como PCs, smartwatches e smartphones.

Qual o próximo grande passo para as baterias dos portáteis?

Bem… mesmo sabendo que o projeto da Jenax ainda usa materiais bastante tradicionais, ele não é de todo ruim, muito pelo contrário, pois, a tecnologia empregada nesse produto pode viabilizar a chegada dos produtos mais inovadores, como os que listaremos abaixo.

Fios de ouro

Pesquisadores da Universidade da Califórnia em Irvine estão testando nanofios de ouro, que são mais finos do que cabelo humano para analisarem o resultado desse processo de carregamento em bateria com esse tipo de material. Como são muito finos poderiam quebrar com facilidade e para que isso não ocorra os fios são “mergulhados” num gel eletrolítico para ajudar a dar firmeza aos nanofios.

Bateria com fios de ouro e gel permite sobrevida bastante superior (Foto: Divulgação/UC Irvine)

A maior vantagem do novo condutor esta no fato da bateria não perder suas propriedades com o passar do tempo, ou seja, ela não perde sua capacidade de armazenamento com o passar dos anos. Ao menos não na velocidade que as atuais baterias perdem, que geralmente ficam bem ruins depois de 3 ou 4 anos de uso.

Íon Lítio em estado sólido

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O material é o mesmo das atuais baterias, porém, usando condutores superiônicos, a bateria mostrou superioridade de desempenho e realizou o processo de carga e descarga rapidamente, levando apenas 7 minutos. Além disso, usando essa tecnologia foi possível fazer com que a bateria suportasse temperaturas mais altas, operando entre -30° e 100°, sem falar na maior durabilidade.

Microcapacitores fabricados a laser

Cientistas da Universidade Rice estão realizando estudos para usar laser na fabricação desse tipo de capacitor, pois, o atual processo de fabricação é caro, o que pode popularizar esse tipo e material e ainda deixá-los mais eficientes.

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O novo processo de fabricação pode aumentar a velocidade de carregamento em até 50X, mas isso não quer dizer que a velocidade de descarga também seja rápida, pois ele consegue um resultado bem mais lento do que os supercapacitores atuais. Sobre sua durabilidade, a promessa é de algo em torno de até 500X mais durabilidade se comparado com o mesmo material usado atualmente.

Bateria de espuma de cobre

A fabricante Prieto acredita que existe uma possibilidade de melhorar o futuro das baterias usando esse material para torna-las mais seguras, com carregamento mais rápido, maior vida útil, mas também sendo mais seguras e evitando o risco de combustão por não usarem eletrólito inflamável.

Outra vantagem desse material está no preço, o que é muito bom, já que estamos entrando na era dos produtos cada vez mais caros. Se a bateria reduzir pelo menos um pouco o preço, já será mais interessante para o mercado.

Baterias de grafeno

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Conhecido como sendo uma das maiores descobertas da ciência moderna, o grafeno continua mostrando que veio para ficar… as baterias de grafeno já estão em uso em carros elétricos e outros produtos pelo mundo a fora e é uma das tecnologias mais promissoras do ramo, porém, o custo de produção é o principal problema aqui.

Pesquisadores já procuram soluções diversas para viabilizar o uso do produto, inclusive criando uma junção perfeita entre o grafeno e o silício. Acreditamos que este seja uma das alternativas mais interessantes.

Existem outros projetos, mas listamos apenas os mais populares deles. Será que a Microsoft investirá em novos tipos de bateria nos seus Surfaces num futuro próximo?