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Há alguns anos, o futuro das operadoras de telecomunicações parecia condenado. Foi a era dos smartphones e aplicativos, com Apps como o Whatsapp matando os SMS, e o acesso gratuito à Internet e serviços de ligações telefônicas tradicionais sendo atacadas duramente.

Para se ter uma ideia, as operadoras de telecomunicações já perderam mais de US $ 100 bilhões apenas em receitas de SMS, e os preços das ligações, diminuídas drasticamente e a rentabilidade da Telecoms dolorosamente afundaram. Pior ainda, as operadoras de telecomunicações sustentam o crescimento enorme na rede de dados com sofrimento. Enquanto eles sustentam estes custos, o dinheiro foi mesmo para a publicidade, para empresas de software, como o “Facebook” e o “Google” por exemplo e o dinheiro dos consumidores para empresas de hardware/software como a “Apple” e a “Samsung”.

O custo da estrutura global do WhatsApp, por exemplo, representa no total, apenas 2% de uma operadora local de telecomunicações comum e o “torneira gigante” aberta com a perda de receitas é o que descreve o futuro infeliz das operadoras.

Agora o mundo mudou. Mais uma vez.

Com a inteligência artificial e a nuvem, Apps e smartphones tradicionais não são mais o centro do universo. Em breve, teremos conversa com sistemas de inteligências de nuvem, em dispositivos diversificados e IoT (internet das coisas). A mobilidade de dispositivos será substituída pela mobilidade da nossa experiência.

Neste novo mundo, as Telecoms têm a oportunidade única de sair do banco de reservas e voltar a brilhar. Mas elas devem agir rapidamente. Cada uma delas terá que incrivelmente renascer ou irão, em muitos casos, desaparecer.

Através de parcerias com empresas como a Microsoft, as operadoras de telecomunicações podem assumir um papel de liderança na democratização da Inteligência Artificial. Ambiente de computação nos permitirá interagir com serviços cognitivos através de uma infinidade de interfaces, incluindo computadores holográficos e uma nova geração de wearables. E empresas de telecomunicações podem ser o novo sistema neural, conectando e orquestrando tudo isso, fortemente aproveitando seu controle de acesso à internet, ampla presença no território local, posse de tráfego de dados profundo e capacidades de identificação de usuário final.

Agora, há oportunidade para as telecomunicações oferecer aos clientes uma experiência de inteligência artificial que é sempre acessível, intuitiva e personalizada.
O CEO da Telefonica, José María Álvarez-Pallete, mostrou no recente Congresso Mundial Mobile, uma antecipação desta viagem digital.

Com uma forte parceria com uma líder em inteligência artificial, como a Microsoft, a Telefonica, que no Brasil é a Vivo, está colocando seus clientes no controle da nova inteligência artificial, que conecta suas experiências móveis. Novamente, aqui me refiro à mobilidade da sua experiência, contextual, não confunda com a mobilidade que qualquer smartphone pode ter.

Estamos testemunhando uma mudança de paradigma.

Aproveitando a inteligência artificial, a nova missão das Telecoms pode ser quase ilimitada. Olhando para a frente, eles podem se tornar o sistema neural do nosso novo mundo “phygital” (mistura de físico com digital), uma vez que eles embarcam nesta jornada de serviços cognitivos. Para começar, eles precisam, no entanto, fazer parceria com um líder em AI (como a Telefonica tem feito com a Microsoft) e eles profundamente devem transformar seus valores e metas, incluindo sua organização típica e o seu legado.

Como você vê o futuro das operadoras de telecomunicações? Eles irão renascer completamente, ou vão falhar miseravelmente?

Fonte: Microsoft