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Pelo visto, não deve demorar o dia em que o Android passará a ser o sistema operacional mais usado no mundo de uma vez por todas… dados da statcounter já demonstram isso. Já esse ano o Android já havia ultrapassado o Windows, porém, o S.O. de Remond se recuperou um pouco, mas isso deve ser algo momentâneo. O mais recente relatório de Market Share da empresa mostra que o Windows ainda é líder com 38,11% do mercado, porém, logo atrás dele, praticamente colado atrás dele, tem o Android com 37,91% de participação.

São dados muito interessantes, pois, mostra um cenário antes nunca imaginado. Quem Pensou que um dia algum software poderia ultrapassar o Windows… mas, está acontecendo agora mesmo.

Ainda sobre isso, pode-se observar que o iOS da Apple vem muito atrás do Windows e do Android, com 13,03%. O MacOS X vem em quarto lugar com uma participação de 6,04%. Engraçado que a Apple tem uma participação menor, porém, é a mais lucrativa de todas… O Linux vem no finalzinho da fila com apenas 0,74% de participação.

O gráfico mostra uma mudança drástica de comportamento, onde as pessoas estão abandonando seus PCs para “viver” apenas na dependência do seu smartphone, e geralmente esse smartphone roda Android. O próximo gráfico dessa mesma empresa de estatística confirma o que estamos dizendo.

O gráfico mostra que mais de 73% das pessoas usam o Android como sistema operacional em seus telefones. Do total, atualmente, apenas 0,71% ainda usam o Windows em seus telefones inteligentes. Aqui o iOS tem uma participação maior, de 20,34%, porém, passa longe do líder Android. Os Featurs Phones, que são aqueles pequenos telefone que servem praticamente para fazer ligações e enviar SMS, hoje, respondem por apenas 0,5% do mercado.

Outras empresas especializadas, como a consultoria Gartner, já confirmaram que a venda dos PCs tradicionais tem caído ano após anos. Dados da consultoria mostram que o segundo trimestre de 2017 foi mais um período pavoroso para o mercado de PCs, na verdade, o pior desde 2007, com uma queda de 4,3% em relação ao mesmo período do ano passado. As remessas mundiais de PCs no segundo trimestre de 2017 ficaram em 61,1 milhões de unidades, contra 63,8 milhões registrados nesse mesmo período em 2016.

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Os relatório de lucro da Microsoft por diversas vezes também apontam queda nesse segmento e talvez por isso a empresa esteja focando tanto em serviços em Nuvem, que ainda são pouco explorados, como é o caso do Azure, Office 365, Outlook, OneDrive e outros. No último divulgado, as receitas da divisão de computação pessoal da Microsoft, sua maior receita, caíram 0,2% para $ 9,38 bilhões de dólares, mas, ficou acima da estimativa dos analistas, que era de $ 8,81 bilhões de dólares

No começo do ano, até a Intel confirmou que a previsão para 2021 é que o segmento de PCs arrecade apenas US$ 30 bilhões, isto é, menos da metade do previsto para o setor de datacenters, que parece ser o novo foco da empresa. Além das vendas de computadores pessoais estarem em queda, o preço de seus processadores não rende muita coisa para a Intel. Nos Estados Unidos eles são vendidos por, em média US$ 300, enquanto os processadores Xeon chegam a custar quase US$ 9 mil. Com o mercado de datacenters e a nuvem crescendo, é natural que a companhia veja o segmento corporativo como a saída perfeita para manter suas contas no azul.

Olhando para tudo isso não é difícil entender porque a Microsoft tem dado tanto foco em soluções corporativa junto com a Intel. Ambas enxergam a nuvem como a mais proeminente fonte de renda dos próximos anos.

Mas, enquanto o mercado consumidor? A Microsoft vai mesmo dar tudo de mão beijada para a Google e seu Android? Bem, a empresa não abandonou os consumidores comuns nem nunca fará isso.

Ela tem investido pesado em melhorias para o Windows que o deixe mais atrativo. Desde a Creators Update que o foco são ferramentas de criação de conteúdo, criação de mídia, melhorias na interface do usuário, Cortana, IA, Machina Learn, Realidade Mista, Realidade Virtual e Aumentada, integração com serviços em Nuvem, integração com smartphones diversos e Xbox, sem falar no investimento em segurança, versatilidade, ferramentas de desenvolvimento para facilitar a criação de aplicações e jogos, especialmente no que concerne a plataforma Universal do Windows (UWP), enfim, Redmond não vai desistir, mas enfrentar o “monstro” chamado Android não é fácil. Ele cresceu de uma forma que nem os melhores especialista conseguiriam prever, dessa forma, é uma batalha dura.

Nesse samba do crioulo doido é engraçado saber que a Microsoft lucra dos dois lados. Ela lucra com seus produtos e serviços, mas também lucra bastante com o Android, tendo em vista que o S.O. do robozinho verde sequer poderia ser inciado sem algumas patentes pertencentes a Microsoft. Só para se ter uma ideia, em telefones mais simples, existem cerca de 73 patentes da Microsoft que são estritamente necessárias para o desenvolvimento do S.O. da Google. Há modelos que podem contar mais de 100 patentes pertencentes a Redmond, então, especula-se que a Microsoft lucre entre 10 a 18 dólares em royalties por cada smartphone com Android vendido no mundo, o que explicaria a falta de pressa da Microsoft em estancar o crescimento do Android, mas isso é assunto para outra pauta.

Obg ao Pedro S. Marques e ao Erivelto pela dicas 😉