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Em março de 2020, cientistas da China anunciaram que o “tokamak HL-2M” – um aparelho criado para imitar a fusão nuclear, a mesma reação que alimenta o Sol (um sol artificial) – iria ser desenvolvido antes do final do ano ano passado.

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Ainda não há informações se isso realmente vai ocorrer. No entanto, em novembro, Duan Xuru, um dos pesquisadores que trabalha no “sol artificial”, compartilhou um update. Ele afirmou que o desenvolvimento esta indo bem e que o aparelho deve começar a operar no território chinês este ano.

O funcionamento deste aparelho será um marco para o meio científico. Além disso, em conversa com a Newsweek, os pesquisadores responsáveis pela criação afirmaram que o plano é realizar a fusão nuclear uma opção viável de energia no planeta. Caso descubram uma maneira de aproveitar a energia criada por uma fusão nuclear, a Terra teria uma fonte de energia limpa e quase sem limites.

Sol artificial vai começar a funcionar na China ainda em 2020
Sol artificial vai começar a funcionar na China ainda em 2020 – foto: reprodução/OlharDigital

Sol artificial: o que é fusão nuclear?

A fusão nuclear diz respeito a fusão de dois núcleos atômicos mais leves para criar um núcleo mais pesado. Uma reação que disponibiliza uma grande quantidade de energia. No Sol, onde as temperaturas do núcleo chegam em por volta de 15 milhões de graus Celsius, os núcleos de hidrogênio se juntam para criar hélio.

Para replicar isso no planeta, pesquisadores devem esquentar o combustível – tipos de hidrogênio – a temperaturas superiores a de 100 milhões de graus Celsius. Neste momento, o combustível se transforma em um plasma. Tal plasma – imensamente quente – deve ser isolado.

Durante anos, pesquisadores trabalhando com o conceito de energia limpa. No entanto, eles ainda necessitam achar um jeito mais barato e prático de guardar o plasma imensamente quente confinado e estável por tempo o bastante para que a fusão aconteça.

Por isso, o “tokamak” utiliza campos magnéticos com o objetivo de manter estabilizado o plasma, de forma que as reações possam acontecer e a energia fique disponível. No entanto, o plasma tem a tendência de criar rajadas. Se elas encostarem na parede do reator, podem criar danos ao aparelho.

Mesmo com os riscos, os cientistas apostam no tokamak HL-2M chinês. Conforme os testes anteriores, o sistema teve o poder de realizar o objetivo.

“O HL-2M fornecerá aos pesquisadores dados valiosos sobre a compatibilidade de plasmas de fusão com abordagens para lidar de forma mais eficiente com o calor e as partículas presentes no núcleo do dispositivo”, diz James Harrison, físico de fusão que, mesmo não estando diretamente ligado à criação, tem expectativa no seu potencial.

“Esse é um dos maiores problemas enfrentados pelo desenvolvimento de um reator de fusão comercial”, adicionou ele, “os resultados do HL-2M influenciarão o design desses reatores”.

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